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terça-feira, 29 de setembro de 2015

E matam mais um jovem em Patrocínio-MG


    E matam mais um jovem a tiros e Patrocínio-MG. Algo que causaria certa tristeza a alguns, anos atrás, (ainda acredito que cause em alguns nos dias atuais), hoje em dia é comentada nas redes sociais como um evento "normal", o que demonstra a banalidade à vida do ser humano, assim como tem sido considerada a vida de um modo geral. As fotos possuem a cor vermelho vivo do sangue que escorre pelo corpo do falecido, bem como em seu entorno, e as cenas se repetem, e "parece" alegrar os olhos dos curiosos que vasculham como carniceiros as notícias ruins dos sites sensacionalistas. "Normal, deve ser apenas um drogadinho", "Não tenho dó, se morreu assim, é porque não estava fazendo coisa boa", "Menos um no mundo do crime e das drogas", "É bom mesmo, faz um limpa nessa cidade", e por aí vai afora os extensos comentários, que se esquecem que o defunto tem família, que o defunto teve uma vida, uma história, e que por um motivo ou outro, às vezes ignorado, o foi levar à este momento, ao meu ver tão trágico, o que  leva a questionar, onde foi parar a sensibilidade do ser humano, ou mesmo a sua humanidade e compaixão? Há com certeza uma mãe, uma avó, um pai, um avô, um irmão, uma irmã que chora, que ama, que se contorce em tristeza, e muitos apenas sorriem... "Nossa, a foto até que ficou bonitinha", me disse uma jovem ao comentar o fato, e ao querer me mostrar a foto, e me ouvir dizer que me sensibilizo muito com cenas fortes e que me recusaria a ver por que saberia que não me faria bem ver um ser humano nestas condições. 
    Não seria o momento de questionarmos o que tem levado os nossos jovens à criminalidade, às drogas e à tantas outras escolhas negativas? Não seria a hora de enquanto pais, mães, sociedade organizada questionarmos as políticas públicas, educacionais, e a família em relação ao que vem ocorrendo? Ou é mais fácil, julgar e condenar os que "fogem à linha", aos padrões, por ser mais fácil julgar e condenar, do que nos mudarmos e assim, juntos mudarmos estas situações e fatos a cada dia mais corriqueiros? Seria a justiça com as próprias mãos a melhor alternativa? As moças com quem conversei a respeito disseram-me que os "meliantes", nem se deram ao luxo de taparem seus rostos, e saíram atirando, se mostrando com os vidros do carro abertos, e quem sabe, ouviam, alguma música da moda com o som no último volume. Eu, inocente ainda disse à elas: __ Que bom então, ao menos vai ser possível identificar os suspeitos e apurar o crime. E obtive a seguinte resposta: __ Mas quem vai falar? Quem vai ligar para a polícia e denunciar? Eles sempre descobrem e acabam matando o "delator". Não acredito nesse trem de "denúncia anônima". Hoje em dia, polícia e ladrão estão todos trabalhando em conjunto em prol de determinado grupo ou facção. Pensativo, ainda tive "forças" para sussurrar, com medo da resposta: __ E se fosse o seu irmão ou irmã, ou seu pai, ou sua mãe? Você não denunciaria? A RESPOSTA QUE TIVE FOI, UM TCHAU, TEMOS QUE IR ALI, DEPOIS A GENTE CONVERSA! 

By Adalmir Oliveira Campos
Ateliê Maria Campos.

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