Dizem por aí que a voz do povo é a voz de Deus.
Eu sou parte desse povo...
Cuja voz dizem ser de Deus.
Eu sou parte desse povo sofrido...
Eu sou parte desse povo de alma dolorida...
Eu sou parte desse povo de andar tristonho...
Eu sou parte desse povo muitas vezes pisoteado;
Humilhado; retalhado, resarchado...
Que na maioria das vezes, não têm voz, e quem diria, não tem vez.
Eu sou parte desse povo, que no poço; No caos instalado Se encontra e se revela, e em alguns pontos vai aos extremos na busca ansiosa, como o grito que ecoa no deserto... Clamando ser ouvido...Reivindicando a Liberdade...
Direito em igualdade, na busca de viver em dignidade e qualidade reais. E assim, ser atendido.
Eu sou parte desse povo...
Cansado...
Ansioso...
Aflito...
Eu sou parte desse povo que repugnado luta contra as Prisões e cárceres privados que lhes são impostos Diariamente...
Eu sou parte desse povo, que assusta com as ações do Estado e seus aliados, os quais, nos coloca em jaulas, como inocentes filhotes de animais silvestres, ou crianças órfãs, que inconscientes e solitárias aceitam o castigo por serem humanas em sociedade.
Sou parte desse povo, que por medo, mesmo inocente, mesmo sem terem cometido delito algum vive em prisões, aceitando pacificamente o castigo.
Sou parte desse povo, que olha esbabacado, perplexo, o que é feito à luz do dia... e nos mantemos calados, enjaulados enquanto os verdadeiros delinqüentes, desordeiros, injustos andam a solta por ai, abraçados com a “justiça”, que sentada se faz de cega, muda e surda, diria sem sentidos até... Ao ponto de enquadrar pobres coitados que “roubam” por pão, enquanto fortalece os dementes que investem no tráfico de drogas, humanos e outros mais...
Sou parte desse povo, que a tudo vê, e que a tudo aceita, por acreditar que sozinho não se faz nada.
A luta no grito solitário no deserto pede socorro, é persistente e se faz necessária...
A luta no grito solitário no deserto pede socorro e a união de outros gritos mais.
Sou parte desse povo, que grita, que busca alavancar os descrentes, que já não sonham mais...
E que sem sonhos, não realizam, pois não vivem, definem-se pelo que crêem ser a zona de conforto boa demais.
Sou às vezes, como esse povo que sem sonhos e forças, não colabora para a construção de um mundo melhor.
Sou parte desse povo, que precisa abrir os olhos, a boca, ouvidos, nariz, e assim, aguçar o tato e outros sentidos mais...
Sou parte desse povo, que se encontra engessado, na falsa paz, na falsa saúde, na falsa alegria, na falsa liberdade, na falsa dignidade, na falsa sociedade, na falsa religião e outros falsos mais, que a alienação e a acomodação nos trás.
Sou parte desse povo, que acredita, que se tamanha falsidade perpetuar, o ser humano vai acabar por definhar o contrário pode acontecer se o sono, o medo, a insegurança, a fé, o amor, a ação do povo, se fizer real no despertar.
Sou parte desse povo que grita solitário como louco no deserto...
E muita das vezes não é ouvido e muito menos atendido...
E muita das vezes, se vê preso também, por ser julgado cavalgar os “extremos”, mas o que ele pode fazer se fora deles não tem sido notada a evolução?
Prisão domiciliar...
Prisão da mente consciente e inconsciente...
Prisão intelectual...
Prisão do agir...
Prisão do “ser”...
Prisão do conflitar...
Prisão da crítica...
Prisão outras mais, as quais são dadas aos humanos habitarem.
Rouba-se o canto e a alegria do viver e cantar...
Canarinho silvestre posto na gaiola, mesmo com águas, comida, um lar e conforto, aos poucos deixa de cantar...
Aos poucos definha e se não é solto em tempo, se liberta quando se vai.
Sou parte desse povo, que se sente canarinho preso...
Que sem voz, na voz de Deus,
Do canto do canarinho
Do canto do humano
Anseia o céu na terra.
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