Será que minhas lágrimas secaram?
Será que meu coração gelou?
Será que a fé foi consumida?
A esperança que é a ultima que morre, parece exaurida.
Quero me levantar e não consigo.
Sinto o peso da gravidade me esmagar ao chão.
A queda parece inevitável.
Os sonhos e ideais se embaralharam.
Misturaram-se feito peças de um quebra cabeças.
Tento montá-lo.
Cada peça demonstra não ser feita para se encaixar uma à outra.
Penso não saber como jogar este quebra cabeças da vida, o qual se desenha por ovelhas vestidas de cordeiro.
Sinto-me como perdido ainda.
E tento aproveitar o tempo presente para unir as peças e assim, colocá-las de modo que se encaixem e demonstrem a figura que dê significado real à figura final.
Mas as peças nem sempre se encaixam...
E demonstram relutância em serem encaixadas.
Algumas, até parecem mudar de forma e cores.
E o cenário em que me vejo é sem cores.
Nos contextos em que vivo, o preto e branco demonstram que até as lágrimas são impedidas de cair.
Onde me é privado até a oportunidade da loucura.
Pois existem os amados que não merecem isso de mim.
Mas o tempo passa tão rápido.
Não consigo acompanhá-lo no encaixe das peças, e sem tempo, parece que cada vez mais, as peças eu embaralho, e assim desmonto e recomeço a montar o quebra cabeças.
O que seria de mim se não fosse a resiliência?
Com certeza, seria a falência.
O jogo continua, com pausas, com avanços, com retrocessos.
Mas as peças são variantes.
Parte de um todo complexo, o qual denomino vida humana, que se encanta na magnífica e fascinante ação em um crescente construir, desconstruir, construir, desconstruir e assim sucessivamente, ou seja, Eterno Ser em Construção.
Peça fundamental da Criação, peça amada, querida e desejada pela Pérola que é o Criador.
No fim, creio eu, seremos um em Deus.
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