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sábado, 14 de março de 2015

Eu sou X Eu estou


Eu sou o presidente.
Eu sou o prefeito.
Eu sou o vereador tal.
Eu sou o juiz.

EU SOU.

Status não tem nada a haver
com quem a pessoa é.

Lamentável quem pensa assim.
Pensamento este que limita a
inteligência de alguns que se
encontram na posição  x ou na
posição y no mundo do trabalho,
na política, na religião, no lar (...).

Este reles pensamentos, a muitos
dão a ilusão de seres onipotentes e
onipresentes, oniscientes, verdadeiros
deuses terrenos e mais ainda,
insubstituíveis.

Muitos se deixam levar pelo status,
e abusam da autoridade ora outorgada,
pisam literalmente em seus "subalternos"
com palavras e muitas vezes a força
das mãos, insistindo em fazer o que
pensam ser o correto, não pensando
na maioria das vezes os reais objetivos
de seu cargo e função os quais exerce
no mundo.

E assim, fazem o mundo girar ao seu
redor, e depois se perdem e perde-se o
mundo por estes governados.

Se lhe tiram a profissão, se lhes puxam
o tapete, se o mundo lhes fecha as portas,
simplesmente definham, pois como se
acham os tais, não entendem que no mundo
há mudanças, e volta e meia, os lugares
são trocados.

Por isso a importância de entender que
não somos o cargo ou função que ocupamos,
e sim que estamos em um cargo ou função
que ocupamos.

O correto seria: Eu estou presidente,
eu estou prefeito, eu estou vereador,
eu estou juiz, e assim por diante.

Bem como eu trabalho em prol de uma
causa, sozinho não posso nada, com
o outro podemos sempre mais, pois o
trabalho nada mais é do que promoção
de um mundo melhor e mais digno para
todos os seres humanos e viventes,
caso contrário que utilidade teria?

O que somos, é algo inseparável de nós,
ninguém nos tira, está interligado
intensamente à nossa essência.

Podemos deixar de estar em qualquer uma
destas posições, até a de ser pai, mãe, avô,
avó, mas jamais deixamos de ser nós
mesmos, mesmo estando desprovidos do
que o mundo tem a oferecer.

Somente desprovidos de tudo o que o mundo
tem a oferecer, que nos mostramos melhor,
o que justifica que a beleza só nos interessa
e importa nos primeiros quinze minutos, o que
vem depois, ou seja, é o que realmente somos,
e o que realmente temos a oferecer, o que nos
atrai, ou nos afasta do outro de acordo com
as afinidades.

By Adalmir Oliveira Campos
adalmir-campos.blogspot.com.br
adalmiroliveiracampos.blogspot.com.br

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