Ainda espero a princesa encantada...
Feito fada, ente dos contos da carochinha.
Que venha com beijos e abraços,
e me tire dessa solidão, que mais se assemelha
ao sono eterno que a mordida da maçã enaltece.
É uma espera enfadonha, que retira a fronha
durante os pesadelos e insônia que esta falta me causa.
É espera, fadiga, medo, angústia e tédio,
que parece patético, poético e lírico, pequeno bordel.
Cupido aflito, míope sei lá, erra as flechas só pode.
Visto que a princesa ainda não veio alegrar a minha sorte.
Meu sorriso, meu viver, num bem querer deseja
princesa que encanta e canta, que aos males espanta
e alegre meu ser.
Será meu ciúmes, despreparo, imaturidade de amar,
que ti afasta e me dispõe sozinho a chorar?
Ou será que os príncipes e princesas de hoje só sabem
ficar?
Ficar sem entregas, numa cópula, sexo somente.
Relação torrente, tal qual estrela cadente dura apenas breve
instante, algo insignificante.
Princesa de um encanto, que me tire da vida o espanto,
num breve sussurrar seque as lágrimas e me faça
acreditar que ainda vale a pena amar.
By Adalmir Oliveira Campos
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