Um gole de café, uma caneta e folhas de papel,
para os mais moderninhos um notebook, quem sabe
um tablete ou Smartphone.
De que mais precisa um poeta?
Uma pitada de tempo.
Uma observada no mundo.
Uma olhadela para dentro de si.
E juntando tudo à inspiração, a escrita vem e o
trem é bão...
A conversa que se realiza entre o café, a caneta,
o papel, o notebook, o tablete, o Smartphone
e o poeta se faz longa, morosa e de diversos temas.
Neste ofício só perde quem não se dá ao trabalho
de galgar as escritas, as quais levam a lugares mágicos
e encantados, muitas vezes ocultos dentro de nós
mesmos.
O mundo se faz pequeno e a viajem se faz gostosa
e nem é preciso meios de transporte, a poesia é
a melhor condução.
Nas rodas de conversa (infelizmente em desuso),
o café se faz quente no bule, a lenha queimando
no fogão, no dedilhar do violão a poesia se faz
melodia, música boa de se ouvir e há até os que
ousam alguns passos de dança.
Nesta hora criança não faz bagunça, fica quieta,
pois coisas assim muito interessa e por pouco
a roda de conversa não vira festa, e se virar,
o que que tem?
O café não pode esfriar, nem tão pouco acabar.
O bule sempre cheio a abastecer aos sedentos
do belo e porque não do amor?
Não são somente moças, mas também rapazes
que quando se deixam influenciar, se coram,
avermelham os rostos e se entregam à arte do amor.
O fogo se apaga, a noite acaba, mas a poesia
se impregna na alma e no corpo e nunca mais se
vai.
E o poeta, este sempre quer mais, e creio eu,
nem a morte cessa suas palavras.
O café, a caneta, o caderno, os notebooks e
outros mais tornam-se história e o poeta se
incorpora à elas e também vira história em
forma de poesia.
E onde há poesia, sempre haverá café no bule.
By Adalmir Oliveira Campos
adalmir-campos.blogspot.com.br
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