São tempos líquidos para
não dizer voláteis.
A correria é tamanha,
que quase pega a gente nu.
Dia e noite já se misturam,
na busca do pão de cada dia.
Família tem estado em segundo plano.
Trabalho virado prisão, com direito
a visitas domiciliares e intimas.
Trabalho têm se tornado fardo árduo
que anseia sexta-feira na segunda.
Pra não dizer que todos os dias sejam sexta
depois das cinco.
Dizem que este caos se chama evolução...
Dizem que este caos trás felicidade.
Dizem que este caos é tudo de bão.
Só que ninguém explica o por que dos
primatas parecerem mais felizes,
menos loucos e ansiosos
que os humanos de hoje em dia.
Que mesmo de barriga cheia,
com moradia, carro na garagem,
status e roupas da moda,
buscam felicidade na modernidade
que sempre se aperfeiçoa
como as janelas da Microsoft.
E se mantem, remando contra a maré...
Nadando rio acima, saltando como peixes
na piracema buscando perpetuar a
espécie, pois sabem que a felicidade
neste ritmo, será sempre como as tentativas
de alcançar as linhas do horizonte e nele fazer morada.
By adalmir oliveira campos
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