Muitas vezes, procurava em volta meus
inimigos, estes pareciam invisíveis.
Buscava à frente, por detrás, à direita,
à esquerda, no céu e até no inferno.
"E muitas vezes, sonolento, ainda os
procuro"
Mas não os encontrava, sempre me
chegava à conclusão de que eles não
estavam nestes lugares, mas que estavam
bem próximos, pois sabiam de todas
as minhas fortalezas, bem como de todas
as minhas fraquezas.
Foi quando a maturidade bateu à minha
porta, e me forçou a olhar para dentro de
mim...
Lá estava eu, inimigo declarado, o qual
me privou de tantos progressos, de tantas
alegrias, e fez com que eu caísse em
tantas mazelas ditas do destino, que muito
sofri, muito chorei, que muito perdi.
A maior batalha está declarada, e a luta
é diária, senão, de segundo a segundo,
enquanto durar a minha eternidade.
Eu e eu mesmo.
Onde um só ganha, onde um só perde.
Guerra esta que exige esforço, renúncias,
resiliência, sabedoria, amor, respeito,
conhecimentos, dentre tantas outras
coisitas, as quais não se colhe em árvores,
e sim nos canteiros onde se semeiam ações.
Colhe-se o que se planta.
Não há outra regra, a lei do retorno é infalível,
é um bate bola na parede, que sempre volta
com a mesma força, e dependendo da variação
do vento, temperatura, reimpulso, ela pode
voltar mais forte ainda.
E o tempo de duração desta guerra, é um
tempo de uma vida, que pode ser longa, que
pode ser breve, mas finda.
Portanto é preciso parar de correr atrás dos
inimigos exteriores, estes, se destroem a si
mesmos sem ajuda nenhuma, é preciso travar
a guerra com o inimigo interior, pois é este o
seu dever de vencer, de tornar melhor, de
apaziguar, de ensinar amor, de ensinar entrega,
de ensinar humanidade, cidadania, respeito,
caráter, integridade, valores universais...
É a este que deves conduzir primeiramente
ao céu, no mais, não precisa esforço algum,
exemplos atraem e arrastam multidões.
Se não consegues vencer a si mesmo.
Se não consegue nem saber quem és,
para que vens, na história do "conhece-te a ti
mesmo", no processo do vir a ser...
É bom deixar cair a ficha, cair na real.
Como poderá neste caso vencer para o outro,
uma batalha que se encontra em suas entranhas
e vísceras, músculos e todo ele, em matéria
e espírito?
Não nos cabe tomarmos suas dores, como é
impossível respirarmos por eles, e mantermos
teus corações batendo...
Não é egoísmo, é sabedoria...
O que nos compete, é mostrar-lhes
que sobre os três olhos, muitas vezes e na maioria
das vezes há vendas, e cabe a eles retirá-las,
tomarem posse de sua visão e vida e no vencimento
de si mesmos virem à superação, à salvação.
Nos cabe respeitar, amar, ser exemplo...
E mostrar-lhes que a vida é única, dom, presente
Divino, que deve ser vivida e amada, rumo
a um final feliz...
E este final feliz, se passa por esta batalha
interior...
By Adalmir Oliveira Campos
adalmir-campos.blogspot.com.br
adalmiroliveiracampos.blogspot.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário