É estranho a distância que as pessoas buscam ter
umas das outras.
Se é orgulho não sei...
Muitas vezes não tem o que comer dentro de casa,
salvo uma batatinha.
O outro vizinho também, salvo, uma cebola.
E o outro, salvo um copo de macarrão cru.
E o outro, salvo umas duzentas gramas de carne moída.
E outro, cada um,um pouco de algo, que sozinho não
compõe uma refeição para si ou para uma família.
Mas se juntassem cada ingrediente, encheriam um
caldeirão que poderia se tornar uma excelente sopa, a qual
proveria a todos com o alimento necessário ao menos
por mais um dia.
Mas preferem o isolamento, e passam fome, cada um
em seu lar, e às vezes, quando tem, bebem água com
o caldo de um ingrediente para buscar saciar a fome de
toda a família, na maioria das vezes numerosas.
Enganam a fome, mas não a saciam a mesma.
Enganam a si, e permanecem na estaca zero
em suas vidas, à espera da ajuda governamental, ou das
migalhas que caem das mesas fartas que na maioria das
vezes, quando vem, mal dá para tapar o buraco dos dentes.
Mas vale a reflexão, realmente vale a pena manter trancados
os corações, tendo estes mergulhados num mar de egoísmo
e orgulho?
Cada um tem à mesa o tamanho que o coração é capaz
de compartilhar, salvo aos ricos, bem afortunados, e os
detentores do poder, muitas vezes corruptos e desumanos,
os quais saciam o bucho, mas mantém famintos espíritos e
almas, de uma luz interior, que promove evolução rumo ao
Pai Celestial.
By Adalmir Oliveira Campos
adalmir-campos.blogspot.com. br
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