Não sou bebida e nem mercadoria
para me colocarem rótulos.
Não sou comercial de TV que
se expõe todo o produto.
Não sou novela que se acompanhe
a história.
Não sou nada do que pensam as
pessoas, muito menos o que elas
não pensam.
Não sou coisa pronta que se sabe
começo, meio e fim.
Não sou, não sou, não sou.
Complexo?
Talvez...
Um ser em construção nunca é, a
não ser um constante vir a ser.
Se me sabem, já não sabem.
Sou como às águas do rio,
que vão e passam e não voltam
atrás, jamais serão as mesmas.
Sou este rio, que se conhece
a essência de ser rio, mas jamais
o que guarda em sua profundeza,
onde a luz clareia, onde a escuridão
impera.
Guardo segredos...
Sou segredos...
Sou enigma que nem mesmo eu
sei.
Mas cabe a mim me desvendar.
Assim como cabe a cada um
seguir este curso de se purificar.
Como pode um rio poluído tentar
purificar o outro? O máximo que
se consegue, é espalhar mais
contaminação.
É como jogar óleo sobre as águas
e depois tentar limpar ateando fogo.
A um rio, não cabe purificar outro rio.
Este serviço é pessoal, demanda tempo,
aquisição de conhecimentos e novas
aprendizagens.
Os peixes sempre vem para a parte
mais limpa. As árvores em volta
sempre são verdejantes e florescem
e dão frutos.
Um rio limpo fornece água de qualidade
e promove a vida.
Cada um tem de si o rio que deseja,
e cada um recebe de acordo com o
que partilha.
O melhor a fazer é tentar se manter
na transparência e qualidade salutar...
No mais é seguir rumo ao mar e neste
se entregar num desaguar.
By Adalmir Oliveira Campos
adalmir-campos.blogspot.com.br
adalmirolivieracampos.blogspot.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário