Quando me vir catando lixo na rua,
Não pense que enlouqueci (não ainda).
Pense que quando cato o lixo na rua,
além de estar contribuindo para
limpeza da cidade.
Estou vendo Arte no lixo que recolho.
Assim como o escultor vê a arte
No mármore que escolhe, ou no aço
ou ferro fundido, ou ainda
como o pintor vê a tela em branco
que o chama e o faz querer fazer com
que ela viva aos olhos humanos
e os inunda de êxtase, que somente a
a arte real, pode proporcionar.
Em quanto muitos veem o lixo,
eu vejo o que está por dentro/ trás do lixo,
eu vejo está por existir do lixo.
O que basta é a sensibilidade
para enxergar,
e o amor, para fazer existir.
O humano tem sido feito lixo,
Tem sido colocado como vago,
inútil, sem valor.
Tem sido posto ao lado como lixo,
Para que busque se adequar aos
padrões que estabelecem...
Os quais são verdades que doem na alma,
pois existir e ser feliz, não basta a etiqueta,
o dinheiro, status e o poder.
E sim, deixar sair de si, a Obra de Arte que todos
nascemos para ser.
Pode acaso o pé de laranjeira dar maçã?
Pode acaso o pessegueiro dar limões?
Cada um veio ao mundo para ser uma obra de Arte.
Lembre-se, até o lixo é reciclável.
By Adalmir Oliveira campos
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