Enquanto me mato
temendo o julgamento dos outros
me perco.
Enquanto me mato querendo ser o que os outros querem que eu seja,
me perco.
Enquanto acredito que uma marca, status, poder e uma visão desconexa de mundo me define, me perco.
Enquanto me deixo guiar por mãos doentias que me obrigam ao crime
de deixar rolar, de deixar acontecer e me compactuar com o crime de não amar e agir, me perco.
É uma dor sem tamanho.
É igual nadar contra a maré.
É saber ler e entender.
É ter a verdade em suas mãos,
É falar, falar, falar.
E não agir, não amar.
É conhecer o mal e optar por faze-lo real na vida de si e do outro,
sem temer as consequências que os próprios atos lhe impõem.
Pois creia, não é Deus que ti pune, são tuas ações que te marcam o futuro.
É consequência que vem pra todos nós, sem exceção.
Adalmir Oliveira Campos
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