Ao mesmo tempo em que a rotina me
trás segurança, ela trás desconfortos.
Ao mesmo tempo que tenho medo de
mudanças, temo as coisas serem
sempre iguais.
É complexo eu sei.
Parece coisa de bipolar.
Talvez até tenha um pouco
desta cousa.
E no mundo de hoje quem não
tem?
São extremos em busca de equilíbrio.
São extremos em busca de calmaria.
São extremos buscando se firmar,
auto-afirmar, comandar, estar à frente.
São extremos complexos, às vezes
sem nexo, que fogem ao linear.
São extremos complexos às vezes
sem nexo que fogem na busca de
sentido do que não tem sentido algum,
a não ser a complexidade que alterna
entre extremos e impulsiona a evolução.
A evolução do eu, de mim.
A evolução de você e de nós.
A evolução atroz, veloz, que engole
a rotina, desbaratina, desnorteia,
cadencia nos extremos e segue.
E eu acompanho.
E nós acompanhamos.
Ela não vem só para um.
Ela força, arrasta e leva os prontos,
os semi-prontos e os crus.
E segue, na guerra dos extremos.
E assim, a rotina se desfaz.
Às vezes lentamente.
Às vezes de forma brusca.
Às vezes de forma abrupta.
Mas muda, se transforma, se renova.
Vira novas rotinas, que por sua vez
morerrão um dia, para que outras
rotinas surjam e assim, sucessivamente,
acompanhando a evolução da gente,
que troca de roupa e segue nestas
sucessões de rotinas que se renovam
e levam sempre adiante.
By Adalmir Oliveira Campos
adalmir-campos.blogspot.com.br
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