Me insinuei a noite toda.
Joguei charme.
Dei bola, dei moral.
Fingiu não ver, e até deu piscadelas
para um tal ao lado.
Cego fingi não ver.
Cego amei você.
Cego me entreguei a noite toda e me humilhei.
Me rejeitastes, disse que só a minha amizade
queria, só ela bastava. Que não sentia nada por
mim, a não ser sentimentos que se tem por um
amigo.
Engoli o choro, me fiz de forte, concordei.
Fazer o que se o amor acabou.
Se um não quer dois não brigam.
Segui em frente, sorriso amarelo, choro contido,
a sós pranto e dor.
Passou o luto, o sol brilhou.
Novas oportunidades surgiram, me vi amado,
e você ficou para trás, bem do jeito que não se
vê pelo retrovisor do carro.
Seguiu pelo mundo, esbanjou, curtiu vida de
solteira, badalou, mas a rotina chegou, a vida ficou
sem graça, descobriu que estava em mim seu amor,
seu norte, seu rumo, seu aprumo.
Mas chegou tarde, a fila seguiu, como dizem, ela
andou, hoje vivo dois amores, e o primeiro deles
é por mim, o segundo me enche os olhos de alegria.
Já fui, casei, pra você, pé na bunda, tchau e bom dia!
Sem você eu aprendi como ser feliz.
Por sorte ou azar o destino me guiou rumo às estrelas,
onde há lugar para todos, e hoje brilho, um brilho
mais intenso pois já não sigo sustentado por promessas,
e sim mergulhado num mar de ações, de entrega,
de amor.
By Adalmir Oliveira Campos
adalmir-campos.blogspot.com.br
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