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sábado, 20 de maio de 2023

 


Agora a pouco, pela manhã, quando me informava um pouco sobre o que tem acontecido mundo afora, 

me deparei com uma mensagem no Tik Tok, de uma psiquiatra bem conhecida no Brasil, 

a Ana Beatriz Barbosa Silva, a “BIA”, como ela gosta de ser chamada, a mesma, falava sobre fome, miséria, escassez em nosso orbe.

Achei interessante a forma de como ela abordou o tema, embora de modo simples, bem convincente!

A imagem que nos mostram mundo afora, é de que nos falta alimentos, 

e que, em crescendo a população mundial, como vem crescendo, a terra não conseguirá atender as demandas.

Na verdade, nos passa, vai além o egoísmo, as vaidades, este desejo de ser mais, de ser melhor, de estar à frente e acima, sobre, os demais...

Mas será que, no momento, é uma verdade destas, absolutas?

Embora não tenha dados precisos sobre estas realidade mundo afora, 

pois não há muito interesse nisto, principalmente para os grandes, pois usam o medo, a fome, a miséria, 

ou melhor, a constroem no mundo, como um dos meios, para dominar, para manipular, para colocar submissas as massas, em mantendo-os no poder sobre estas.

Quando se fala do monopólio, das riquezas do mundo, centradas em pouquíssimas pessoas, em detrimento à maioria mundialmente falando, 

dizem ser “teoria da conspiração”, quando na verdade, é um alimentar egoísta de Egos, que buscam se sentir superiores com a inferioridade de seus semelhantes.

Temos sim, atualmente, conhecimentos, experiências científicas, experiências outras, bem como recursos suficientes, tecnologias, ferramentas, maquinários, dentre outros, 

que, se usados adequadamente, a bem em comum, sem estes filtros postos pelo Ego e maldade dos que dominam as massas, condições para suprir toda a população mundial.

Muito se joga fora de alimentos, principalmente nos países mais ricos, 

um desperdício que eleva a falta em países considerados mais pobres, onde a pobreza é extrema.

“Bia”, dizia em sua fala que tem comida para todo mundo, no mundo!

De acordo com ela, o problema, é que tem gente que quer comer comida e bife temperado com ouro, 

ou seja, alguém quer muito mais que o básico, que o necessário, num competir com o outro, e quando um quer mais que o básico, que o necessário, 

sem se ater às necessidades de seus semelhantes, em um/energia e tempo de vida humanos, por pagamentos ínfimos, inferiores, que não condizem com os investimentos destas, que muitas vezes, custam a existência dos mesmos, 

levando-os à uma vida indigna, infeliz, pobre, miserável, cheia de faltas, e o alimento que falta, não é só comida:

É comida, é bebida, é diversão, é arte, e tudo tem sido muito aquém, como já disseram vários poetas mundo afora!

Isto gera acumulamento de riquezas, bens, alimentos, etc., para alguns seguimentos da sociedade, em seus modos de se organizar atualmente, e falta para outros, 

principalmente quando se trata da má distribuição de renda, da incompatibilidade da prestação de serviços, exploração da força, o que, ela afirma, já termos passado o período para tais relações de competição/competitividade, 

que enquanto espécie humana, não cabe isto de competição, de querer parecer melhor que o outro, 

estamos numa era em que a competição já era pra ter sido extinta.

Soluções para acabar com a fome no mundo, devem passar, inclusive, pela educação, pela reeducação alimentar, 

o que, também, geraria melhorias na qualidade de vida das pessoas, 

muito se alimenta para suprir questões emocionais, geracionais, causados por estas faltas e má distribuição de renda, de alimentos, e de excesso de desperdícios.

A falta de muitos, é devido o excesso que alguns insistem em manter, e não venha me falar que foi ou é por questões de meritocracia, 

pois sabe-se a verdade que não o é, deste o início da civilização humana, tem estes mesmos problemas, o que retrata a falta de humanidade entre os pares, que insistem ainda, em agires rudimentares, animalescos, de competitividade primitiva, 

onde os mais fortes devoram os mais fracos, quando não, os dominam, os manipulam, e os colocam a prestar serviços a custo de uma moradia, 

uma falsa proteção e escassos alimentos, um suprir irracional, desumano, que não satisfaz, geralmente, as necessidades básicas.

(Corre constante)

A alguns anos, em um texto, a isto intitulei escravidão branca, que camuflada,

passa desapercebida, com a sensação de uma falsa liberdade, pão e circo, 

mas o que, na verdade, mudou, foram as táticas, as formas, modos, jeitos, trejeitos, de manipulação, controle, de liderarem a massa escravizada, 

onde esta tem a sensação de que é dona e responsável de si mesma, bem como culpada por todos os males, mazelas, 

as quais são acometidas no decorrer da existência, quando na verdade, não, é um pagar pra nascer, para sobreviver, para morrer e ser enterrado.

Há por trás, uma política, uma religião, uma educação, uma ideologia, uma doutrinação, uma formação de crenças, de valores, de preceitos morais, dentre outros, 

que moldam a sociedade como a vemos, como a sentimos, como a percebemos, e dá a entender que tá tudo bem, que sempre foi assim, que assim sempre será, que não tem como mudar, que inclusive, são desígnios divinos, 

de um Deus, que tudo vê, que tudo sabe, que a tudo ama, que a tudo respeita, que dá livre arbítrio, que a tudo é compassivo, que a tudo é misericordioso, que a tudo é bondade, que a tudo é justiça, etc., e tal, 

mas a conta não fecha, e não venha me falar que é por falta de fazer, que não tem feito o bastante, ou por merecer!

Pra iludir, criaram regrinhas disfuncionais e "leis quânticas", teorias da prosperidade", leis da atração, que em dado momento, confundem mais ainda as pessoas, 

levando-as a trabalharem para o fortalecimento deste sistema a cada século mais desumano, 

embora civilizatório, de posto de ordem, nada tem de humano, de humanizante, de humanizado, de humanitário, de humanizador.

Uma raça que explora a si mesma, não pode ser considerada uma raça inteligente, amável/amorosa, respeitosa, racional.

Se falta a alguém, falta, além do amor próprio, amor ao próximo, ao semelhante, 

pois ora ou outra, precisaremos uns dos outros, e se ajudamos somente a quem nos ajuda, como esperar ser ajudado, por quem abandonamos, quando este estiver em condições de ajudar?

Sei que não se deve ajudar pensando em retribuição, em reciprocidade, 

e que é bonito, humano, fraternal, diria espiritualizado, a tal da reciprocidade espontânea, o que, acredito ser uma característica de pessoas boas.

Dizem muito hoje em dia, que estamos em um processo de transição, de um mundo de provas e expiações, para um mundo de regeneração, 

mas como poderemos passar de um a outro, se não mudamos a essência do até então, funcionamento da civilização humana, 

de modo que passe de uma sistema civilizacional, para um sistema humanizado, de humanização, de acolhimento, de validação, de regeneração destes, 

numa liberdade que realmente exista de fato, e que seja comprometida com o Todo e suas partes, todas elas, dando importância, significado, de um modo mais humano, fraternal, inclusivo, integrativo, revolucionário, humanizado/espiritualizado, 

onde sejam todos, responsáveis uns pelos outros, e não uns contra os outros, como tem sido nestes tempos, 

os quais, devem ficar somente na história, e que se registre, para que, em tendo conhecimento, não se permita querer retornar a este passado sombrio.

Se dividir direitinho, tem casa pra todo mundo, tem comida pra todo mundo, tem saúde pra todo mundo, tem educação de qualidade pra todo mundo, tem lazer pra todo mundo, tem cultura pra todo mundo, 

tem de tudo que precisamos para bem viver, para bem nos relacionarmos, etc., e tal, para todo mundo.

A questão é, estamos dispostos a abrir mão de tanto, para que todos possam ter? 

Estamos dispostos a abrir mão de status, de posições sociais, das primeiras filas, das plaquinhas de especiais, de diferentes, de poder, de status, de desperdícios, de excessos, 

a descida do pedestal, ou ainda do topo da pirâmide?

Estamos preparados para nos enxergarmos como seres humanos/espíritos encarnados, e uns aos outros como semelhantes, e a aceitarmos tratamentos e cuidados semelhantes, 

e nos vermos em certo ponto, como base a entendimento de algo que parece ser tão complexo, como “iguais”, 

uma família que se ama, que se cuida, que se alimenta, que se educa, que se reeduca, etc., como um todo incluído, integrado, 

onde nenhuma das partes seja excluída, ou posta às margens?

Há tanta fome no mundo, e as fomes são tantas, 

não estamos falando somente de comida que enche o estômago, 

é preciso um alimento que nos alimente as essências, que nos leve a sentimentos, sensações mais nobres, de pertencimento, de aceitação, de acolhimento, de cuidado, de validação, etc.,

que não deem margem a sentimentos de vazios existenciais, de medo, de culpa, de vergonha.

Fica-nos o convite a acabar com as fomes, e isto é possível, basta querermos, pensarmos, sentirmos, fazermos.

Por Adalmir Oliveira Campos

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