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domingo, 21 de maio de 2023

E o que você quer? Ganhar dez Milhões ou acordar vivo pela manhã?

 


Ando teimoso em minha forma de pensar, as regras não são as mesmas para todos, muito menos as visões de mundo, modos de pensar, de sentir, de se emocionar, de se expressar, de agir, reagir...

É muito íntimo, muito subjetivo, são um mundo, pessoas, realidades, vistas por dentro, a partir da própria essência, 

e como mensurar o que é do ser, ser que não somos, e muito menos temos acesso, ou com pouco acesso que nos é permitido?

Muitas pessoas dizem que quem pensa, está buscando adequar certas palavras, ditas santas, em benefício próprio, adequando-as às próprias necessidades, realidade, 

ou ainda, usando-as para justificar as coisas que dizem serem erradas, pecado, 

sem que para isto, sintam culpa, vergonha, medo, quando na verdade, fazem isto o tempo todo, mascarando e usando de hipocrisia, como diria o Cristo Jesus, 

lobos se vestindo em peles de cordeiros, em autoenganos, fazendo mal aos semelhantes e a si próprios, 

num agir como justiceiros, se sentido em autoridade de juízes, para assim, julgar, condenar, sentenciar, punir seus semelhantes, 

ou melhor, os que julgam serem seres inferiores, ou minorias que não aceitaram sucumbirem-se às ideologias, crenças, cultura, etc., vigente.

Muitas vezes, buscamos entendimento, não para justificar nossos erros, pecados, mas sim, para justificar para nós mesmos, que o que dizem ser um erro, pecado, 

não passa de uma construção social, cultural, política, religiosa, etc., e tal, que em sua maioria das vezes, nos nega a existência, e nos coloca à margem, ou fora do "rebanho", feito a ovelha que se perdeu.

Nem toda ovelha negra é ovelha perdida, geralmente, são ovelhas que foram expulsas de algum "paraíso", 

devido preconceito, discriminação, falsos moralismo, segregação, fundamentalismo religioso, racismo, xenofobia, LGBTfobia, misoginia, etc. 

baseada em ideologias, dogmas, leis, com raízes em nestes mesmos preconceitos, discriminação, crenças limitantes, leis defasadas, arcaicas, conceitos, preceitos, ditados, 

que não cabem mais no mundo moderno, e no mundo e pessoas em seus processos de construção de vir a ser e estar.

Se me nega a existência, e a existência de meus semelhantes, com certeza, é algo que deve ser negado, posto de lado, esquecido, extinto.

Aceitar velhos padrões, é um negar-se a existência, um anular-se, para que os outros existam, 

é sobreviver em condições sub humanas, para que os outros vivam em condições plenas, salutares, prósperas e “felizes”, se é que são felizes, essas pessoas que só fazem o mal a quem lhes dá tudo nas mãos, inclusive, a própria vida, tempo e energia de vida.

Se desprezam a quem nada lhes pode oferecer, o que não faram aos que por ora os serve, e logo mais não estarão em condições de servir?

O status Quo, no qual vivemos, tem destes, que fazem das massas uma batidinha de liquidificador, 

e tomam à beira de suas piscinas artificiais com cara de mar, com canudinho de guarda-chuva, gliter e brocal.

Dizem por aí, e tenho visto ser viral, pessoas que nunca tiveram depressão, dizendo que isto é coisa de gente fraca, que não pensa positivo, que não tem Deus no coração, 

que possuem uma mente e emoções muito negativas, que são preguiçosas, que não assumem as responsabilidades sobre a própria existência, e por aí afora, 

quando na verdade, estão tentando sobreviver à uma selva de pedra, sob guerras invisíveis, ou ameaças de guerras físicas e não físicas, químicas e armadas, e em guerras silenciosas (psicológicas), 

incitando inconstância, instabilidade, insegurança, medo, despertando emoções e sentimentos diversos, que desestabilizam e tiram o gosto de viver.

É fome, é violência crescente, é falsa justiça entre a sociedade, má distribuição de renda, saúde precária, educação bancária e pouco eficiente, cultura negada, história manipulada, 

indústria e comércio que somente visam o lucro, sem pudor, sem ética, como que, tratassem animais confinados em suas casas, das mais simples, às mais sofisticadas.

Como não deprimir onde viver é visto como pecado, onde ser e vir a ser, em essência, é negado, e cada um, se vê enquadrado, posto em caixinhas, 

e a servir e entregar banquetes, quando em contrapartida, a tal reciprocidade, vem à conta gotas, a que, também conhecemos como migalhas?

Felicidade não é daqui, dizem!

Ninguém veio aqui a passeio, sem falar na romantização da dor, do sofrimento, cujo guerreiros e guerreiras que a tudo suportarem humildemente, amorosamente e com gratidão e pensamentos positivos, ganharão as maravilhas celestes, 

ruas de ouro, maná que cai do cima, leite e mel em abundância, promessas cheias de “sis”, com possibilidades de inferno, céu, umbral, sei lá mais o que, e quantos já não vivem tudo isso por aqui mesmo?

Não seria o pós morte continuidades da vida que se teve, que se levou? 

E se assim o é, o que esperar para este depois? Viver um ciclo repetitivo de escravidão, fardos, açoites, lutas sem reciprocidades, em nome de uma "tal evolução?"

Outro viral, trás o seguinte pensamento: “se eu te der dez milhões como você acordaria no dia seguinte?”;

“a mesma coisa, acho!”; “acordaria mandando todo mundo longe, ia viajar, ninguém me via mais”; “Vocês iam acordar feliz da vida né? Tá”; 

“Aí eu chego no dia seguinte e falo assim pra vocês, eu te dou dez milhões, tá combinado, mas você não acorda amanhã, o que vocês diriam?”;

“Uai, devolve né”; “Uai, acordar vale mais que dez milhões?”; “Se a vida vale mais de dez milhões?”; “Lógico né!”,  “Acordar vale mais?”; “Vale uai!”; “Vale!”; “Vale, não vale?”; 

"E aí, por que então,  vocês acordam de mal humor e reclamando todo dia, se acordar vale mais que dez milhões?”;

“É pra pensar!”; “Eu não acordo de mal humor não!”; “Se acordar vale mais que dez milhões, acorda direito caramba!!”; 

“Ah, porque o tempo tá ruim, trânsito complicado, etc., acorda reclamando.”; "Gente, pelo amor de Deus, acordar vale mais que dez milhões, porque você não está acordando direito!” 

E como cada um recebe essa linha de pensamento? Escolheram os dez milhões e ou não acordar? Sair do espeto e cair na brasa?

Ninguém acorda de mal humor por que tem que ir trabalhar, ou porque vai enfrentar o trânsito, ou por isso e aquilo, 

as pessoas acordam de mal humor, é por conta do mercado e vida competitiva, frustrações dia após dia, colegas mal educados, tóxicos, negativos, por vezes narcisistas, egoístas, bem como familiares, "amigos", etc.

É por causa do preconceito, discriminação, e tanto, que foi descrito parágrafos acima, uma construção de mundo, onde é céu pra pouco, e inferno pra muitos.

Ganhar dez milhões e não poder usufruir, pois vai morrer, e ou, ganhar mais um dia de vida, continuar vivo?

No atual cenário em que "sobrevivemos", infelizmente, muitos vão preferir os dez milhões, ao menos, a família não passará por dificuldades para realizar o velório e enterro.

Há tanta gente morta viva, só esperando morrer, pois de viver, tem sido privada/roubada até o último átomo e essência.

Viver, é bem mais que trabalhar pra ter o que comer, onde morar, um carro, beber cerveja e churrasquinho aos finais de semana, pra suprir vazio, compulsões, ansiedade, depressão, transtornos outros.

São tanta gente doente, e doença maior, é dizerem pra si mesmas, numa positividade tóxica, que está tudo bem, 

e não buscar ajuda, não buscar a cura, e a viver de curativos/paliativos, que só prolongam dor, sofrimento, e esperanças de um dia poder ser melhor.

Por Adalmir Oliveira Campos

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