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sábado, 13 de maio de 2023



Desde há milênios, convencionou-se amor, cuidados, inclusão, integração, acolhimento, validação, empatia, respeito (...), 

a nascidos saudáveis, confirmação de uma "espera feliz" de nove meses.

Todos os pais querem ouvir a tão sonhada frase, "seu filho(a), nasceu saudável!"

Pessoas com deficiências visíveis "com deformações físicas", que tiveram uma paralisia cerebral, síndromes, 

e ou, um tempo depois, diagnosticados com uma deficiência mental, 

geralmente, a princípio, sofrem uma rejeição por parte de médicos menos preparados, e de pais e familiares, que cresceram com tais crenças e estereótipos dos filhos "perfeitos".

A negação é vivida como se vive a um luto!

É um aprender a amar o que não se pode ter controle, as expectativas e esperas frustradas, e nem sempre, amar a estes, é uma meta que se cumpre.

Amar o diferente, o não saudável, o que foge à regra, o que sai dos padrões de normalidade, não é fácil pra ninguém, 

principalmente quando o fator negação se mantém evidente, e não dá tréguas, nem baixa a guarda.

E não é diferente quando um transtorno mental, ou de personalidade se manifesta!

Volta e meia, nas redes sociais, e fora delas, vemos pessoas falando do uso das medicações psiquiátricas, gerando polêmicas, buscando engajamento, 

criando controvérsias, colocando confusão.

E nega-se uma síndrome, um transtorno mental e ou de personalidade, e de outros, aceitar-se-ão o tratamento, o uso de medicação indicada pelos profissionais?

Por milhares de anos, muitas pessoas vem sofrendo com os males, os mais diversos, relacionados à personalidade, à mente, às emoções, 

o que lhes causa grandes transtornos, inclusive em manifestações físicas de doenças como a ansiedade generalizada, a depressão, transtornos outros, mentais e da personalidade.

O que se fazia antigamente para amenizar certos males, e o que se faz hoje de diferente?

O uso da medicação natural, e de algumas décadas pra cá, de medicação química, ou drogas sintéticas, inclusive, usando de extratos extraídos de plantas, 

dentre outras químicas, antes, abundantes no alimentos, como alguns metais, também encontrados na natureza.

Os tempos mudam, as informações chegam mais rapidamente, as pessoas se informam mais, tem acesso a mais pessoas que "funcionam e se relacionam" semelhante, com as quais se identificam, e quando se percebe, está em um tratamento psicoterápico e psiquiátrico.

O início de crises depressivas, de ansiedade, são possíveis de contornar com chás, terapias holísticas/naturais, com medicinas integrativas, terapia convencional, atividade física, 

criação de ambientes e relações saudáveis e seguras, 

e com certeza, são mais viáveis pois os efeitos colaterais são quase inexistentes, sendo grandes aliados em medicinas preventivas ou convencionais.

Mas, em se falando de doenças já instaladas, sejam mentais ou de personalidade, a eficácia comprovada, em muitos casos, não passam de efeitos passageiros, a que chamam de efeito placebo.

Somente nas ultimas décadas, vieram a surgir medicações eficazes, embora, com alguns efeitos colaterais, o que viabilizou melhora de pacientes, que antes, 

vivam reclusos, ora em suas próprias casas, a cuidados de familiares e terceiros, ora, em sanatórios, antigas casas de repouso para pessoas acometidas com tais doenças.

O Carbo Lítio (Carbonato de Lítio), medicamento classificado como estabilizador do humor, 

foi uma das medicação que começou a ser usada na metade do século 19, que possibilitou a pessoas com transtorno mental Bipolar, Pessoas com transtorno mental de Esquizofrenia, dentre outros, 

a viverem uma vida mais dentro da normalidade possível, com maior qualidade de vida, diminuição considerável do sofrimento.

E descartar tal/tais medicamentos, usando como normativas, o advento dos efeitos colaterais, 

é como manusear uma faca de dois gumes, visto que, doenças como estas, já instaladas na fase adulta, requerem um tratamento ao longo de toda a existência dos pacientes, e a ausência de tais usos de medicações, podem gerar diversos prejuízos a estas pessoas, familiares e sociedade como um todo.

Não estamos, todos, de certo modo conectados, interligados?

Usar, ou não usar medicações psiquiátricas, é esta faca de dois gumes...

pode, para alguns, funcionar por um tempo, para outros não, e todos sofrem com isto, não somente os pacientes, 

bem como, todas as pessoas com as quais os mesmos se relacionam, principalmente de contato mais constante e mais íntimos.

Por questões de negação, não aceitação, crenças religiosas, crenças outras sem fundamentação científica, preconceito, discriminação, 

instalam culpa, medo, vergonha, nas pessoas acometidas de tais adoecimentos, bem como aos familiares, colocando-as em risco de morte (suicídio por exemplo), e riscos à qualidade de vida, 

em impositivos de seguirem suas vidas somente com a força de pensamentos positivos, pela fé, por esforços heroicos, força de vontade, resistência sobre humanas à dor, etc., 

ocasionando por vezes, agravamento de tais doenças/transtornos, aumentando o sofrimento dos envolvidos, além dos pacientes, feridas emocionais e traumas.

Geralmente, pessoas acometidas de tais doenças/transtorno psiquiátricos, devido a “n” fatores, já se recusam os diagnósticos, bem como ao tratamento, 

e reforçar externamente o não uso de tratamento medicamentoso, só agravam a situação!

Usar ou não usar a medicação, deve ser por escolha, quando dentro de condições para tal, do indivíduo e ou seus familiares, diante das variantes custo/malefício/benefícios, 

entre os resultados benéficos e os resultados dos efeitos colaterais, onde, somente o indivíduo em questão e seus familiares, poderão entender a necessidade de continuidade dos medicamentos ou não, 

sendo importante orientar, no caso, em questão, a troca e modulação da medicação, pois por serem, muitas destas medicações novas, em fases experimentais, 

é improvável que se acerte de imediato a medicação adequada, bem como, a dosagem mais apropriada à melhora esperada com tais medicamentos.

Escrevo, baseando-me em experiências próprias, pessoais, subjetivas, dúvidas, devem ser tiradas com especialistas médicos e ou terapeutas/psicólogos, pessoas habilitadas para tal.

Por muitos anos, consegui seguir com a vida, com o transtorno de personalidade Borderline e o transtorno mental Bipolar, sem uso da medicação, 

inicialmente, com sessões de terapia, tendo em vista, ainda não ter sido diagnosticado em tempo hábil, visto que, tais transtornos levam em média, dez anos para se fechar um diagnóstico, 

vindo a fazer uso de medicação, quando a qualidade de vida ficou, diria, insuportável, com ideações suiscídas, com fortes dores corporais, relações pessoais e interpessoais conturbadas, 

baixa produtividade no trabalho e até a não condição temporária para exercer atividades laborativas e atividade físicas.

Fiz, e faço uso de terapias como óleos essenciais, chás, psicoterapia, meditação, oração, dentre outros, 

e são grandes aliados para a manutenção de minha saúde como um todo, mas no momento, não largo as medicações, mesmo mediante a alguns efeitos colaterais, os quais, em minha contagem, ao colocar na balança custo/malefício/benefícios, 

hoje, considero mais positivo os uso das mesmas,

e à medida que surjam melhoras, junto ao médico e psicólogo, buscarei a redução de dosagem e quem sabe, 

deixar de usar os mesmos, mas sempre, sob orientação qualificada destes profissionais, embora saiba que, em sendo confirmado o diagnóstico do transtorno mental Bipolar, 

terei que fazer uso da medicação prescrita por toda a vida, já no caso do transtorno de personalidade Borderline, somente em crises.

Que amar-se e cuidar-se, bem como ser amado e cuidado, ultrapasse todas estas barreiras dos preconceitos, da discriminação, da negação, da não aceitação, 

pois se amor e amar são atos/escolhas saudáveis, que devem ser guiados pela incondicionalidade, podemos rever nossos conceitos/preconceitos, crenças, entendimentos, conhecimentos, dogmas, etc., 

e fazê-lo de modo justo, humano, espiritualizado, adequado.

Por Adalmir Oliveira Campos

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