Que encanto o canto do canarinho.
Voo livre pelo jardim colorido,
onde os estilingues e pedradas são proibidos.
Pousam e cantam, e depois namoram.
Fazem ninhos e se alimentam de frutos
do quintal e da ração dada carinhosamente
pelo jardineiro, que muito ganha com o
cantar de agradecimento.
Vem a primavera...
Surgem as flores...
E a vida se faz forte.
E os filhotes de canarinhos veem ao mundo,
e perpetuam o canto livre.
Quase nada temem, nem mesmo frio ou
calor excessivos, nem fome, nem seca,
nem falta de moradia, nem ao menos o
cantar solitário que se faz orquestra junto
a outros cantares.
Somente temem alguns bichos homens,
que podem lhes roubar a liberdade lhes
enfiando em prisões, gaiolas que mesmo
douradas e com certo conforto não são
melhores do que a morte advinda de seus
predadores naturais.
Esperançosos cantam.
Esperançosos fazem festa.
Esperançosos mantém belo o jardim.
Não se prende um canto como por
encanto.
Se preso o canto se faz sombrio e morto.
Canto belo se faz na liberdade e na paz.
Paz esta que trás vida e ânimo novo, num
viver digno e pleno que à totalidade do
ser apraz.
By Adalmir Oliveira Campos
adalmir-campos.blogspot.com.br
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