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quinta-feira, 1 de maio de 2014

Vocês amam a professora? (crônica)


Não adianta apelar, fazer chantagem emocional. Disciplina em sala de aula não se conquista assim. É necessário ir além. Manter uma boa convivência com regras e sanções claras e definidas, as quais devem ser aplicadas sempre, na busca da harmonia em sala de aula, que favoreçam um ambiente propício à aprendizagem, é fundamental, bem como buscar desenvolver a empatia pelos alunos alunos, e destes pelo professor, sendo uma constante desde os primeiros dias de aula, pois como diz a canção "somos responsáveis pelo que cativamos". No mais, caso os pais e ou responsáveis legais destas crianças não incentivarem às mesmas diretrizes, os esforços dos professores por maior que sejam, podem ir por água abaixo, ou seja, não surtir efeito algum, e a disciplina ser apenas um sonho ou desejo difícil de vir a ser uma realidade.

Há algum tempo atrás, quando trabalhava na rede municipal, em uma determinada escola, cheguei para realizar o meu trabalho, e à porta da sala de aula, ouvi a professora indagar aos alunos "vocês amam a professora?", "Quem aqui ama muito a professora?". Então, ela me viu à porta e acenou para que eu aguardasse um momento, o que fiz pacientemente.Ela tornou a fazer as mesmas perguntas pedindo silêncio ao mesmo tempo, pois a sala de aula estava um pouco alvoraçada. Alguns alunos levantaram as mãos rapidamente confirmando o amor à professora, outras levantaram as mãos timidamente e outros de cabeça baixa não se manifestaram. Houve um silêncio daqueles ensurdecedores, e a professora, ao seu modo disse, "então gente quem ama respeita" e continuou, "quem ama não faz bagunça, quem ama não responde a professora". Colocou um ponto final na conversa e me atendeu respeitosamente, prestei o meu atendimento aos alunos, que na época era de psicomotricidade, me despedi dos mesmos, que alegres se despediram de mim, e da professora e segui para as outras turmas para dar continuidade às minhas aulas.

Mas, saí daquela sala de aula pensativo, em partes a professora estava correta, quem ama quer o melhor para o outro, quem ama dá o seu melhor para o outro, quem ama faz tantas coisas por amor, só não pode se negar o próprio amor e liberdade para se entregar ao amor e liberdade do outro. Mas na compreensão infantil destas crianças, será que seguem o mesmo raciocínio? Isso com certeza depende do grau de maturidade de cada um, se houvesse um pouco mais de amor a si e ao próximo no coração do homens e mulheres de antes, de hoje e de sempre, o mundo seria bem melhor de se viver em qualquer tempo ou circunstância.

Vivemos em mundo cheio de regras, leis, sanções, penalidades, direitos, deveres. Não deveríamos desde a mais tenra idade prepararmos nossas crianças para viverem neste mundo, o qual, já participam em sua condição infantil?

Dialogar, criar rodas de conversas, explorar o tema através de jogos de regras e sanções, não seria um bom caminho para que as crianças compreendessem a agitação e a quietude, o grito, o barulho e o silêncio, a hora de falar, a hora de se calar, a hora de ouvir, e assim, passarem a observar o seu entorno, no respeito à sua vez e à vez do outro, no entendimento de que a força ao invés de violência e impunidade, trás grandes responsabilidades, norte para que possam lutar por seus direitos sem infringir os direitos dos outros, na busca do bem pessoal e coletivo?

Disciplina começa no lar, no sim e no não, no aperto de mão, no abraço, no carinho, mas também na chamada de atenção quando justo e necessário. Não é preciso violência, mas também cruzar os braços e deixar fazerem o que bem quiserem, deve ser condenado,"tudo podemos, mas embora tudo podemos, nem tudo a nós convém."

Em tudo, o equilíbrio e a busca da melhor orientação, enfim, educamos as crianças para melhor poderem viver no mundo com seus semelhantes, entes queridos ou não, e a harmonia cabe bem em qualquer lugar, seja no lar, na escola, em sociedade, e onde mais for.

By Adalmir Oliviera Campos 
adalmir-campos.blogspot.com.br

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