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segunda-feira, 26 de junho de 2023

Merlin e maia, os novos integrantes de casa

 


Nos últimos dias, adotamos dois filhotes de gatos, irmãozinhos,

ao macho, demos o nome de Merlin, à fêmea, demos o nome de Maia, ambos, muito lindinhos e amáveis.

Parece que não sentiram tanto a separação da mãe, e da antiga morada, brincam o tempo todo,

e onde a gente vai, eles vão, se deitamos pra dormir, deitam também,

se deixar, ficam colados na gente o tempo todo, volta e meia, alguns arranhões não propositais.

Se assustam com tudo o que é diferente, formas, sons, até que se torna conhecido pra eles, extremamente curiosos!

Eu fico a observar os mesmos, como a natureza é sábia, falo isso, sobre seus instintos,

sobre saberem o que fazer desde pequenos, quase que, como que fossem programados para agir de tal e tal forma.

E nós, não teríamos também, estes "instintos", quando ainda crianças?

Somos levados a deixar fluir, em nos revelando a nossa verdadeira essência, ou somos condicionados a vivermos longe da mesma, num viver às expectativas do sistema/alheias?

Merlin e Maia, sempre estão juntos, e quando um some por alguns instantes, escondido sabe-se lá onde, o outro já começa a miar, como que a chamar e dizer, “ei, estou me sentindo só”,

brincam, brigam, ou melhor, se exercitam ao mesmo tempo em que treinam autodefesa, e quando vão fazer “pipi” e “coco”, já, como que maquinalmente, jogam as patinhas para trás, buscando enterrar os sólidos e líquidos depositados no chão, mesmo estando sobre piso de cerâmica.

(Ainda não arrumamos a caixa de areia)

Dizem que animais são puramente instintivos, irracionais, mas tenho minhas dúvidas e faço minhas indagações a respeito,

pois agem, em certos momentos, demonstrando emoções, que dão a entender que sentem além dos instintos,

buscam por atenção, por carinho, por colo, como que, crianças em pleno desenvolvimento.

Ontem, recebemos visitas, e depois que estas foram embora, não encontrávamos o Merlin, chamamos por ele, fizemos todos os sons pra chamar gatos e nada.

Atrás da cortina, embaixo do sofá, debaixo da cama, embaixo do rack da TV, embaixo da pia, no quintal, na garagem, e nada.

A Maia, chegou a ficar tristinha, demos uma volta na rua, no quarteirão, e nada.

Um pouco entristecidos, voltamos à nossa rotina, e enquanto assistíamos TV e ajeitávamos o jantar,

a Maia adormeceu ao meu lado, dando a sensação de que nunca mais íamos ver o Merlin,

quando, de repente, depois de alguns minutos, escuto alguns miados, e o danado, sai entre os assentos do sofá, todo tranquilão, indo ao encontro da vasilha com leite e ração, um alívio!

Descobri, que dormem por dentro do forro do sofá, bem lá debaixo.

É bonita a forma como eles se cuidam, e isso é presente em muitos dos animais que conhecemos,

por vezes, vistos por nós humanos, como um modo de cuidar exemplar, modos estes, que não vemos entre os nossos semelhantes.

Adultos, tratam outros adultos como inimigos a serem superados, combatidos, derrotados, vencidos, onde vale quase tudo, para se estar no topo.

Hoje pela manhã, Merlin e Maia, agitavam diante da porta do quarto, me chamando a atenção, querendo entrar,

visto que não abri a porta no horário de costume, e quando abri a mesma, entraram todo sorrateiros demonstrando alegria,

brincando, subindo em tudo quanto há no quarto, e andando atrás, num convite à interação.

Enquanto escrevo, estão dormindo em algum canto da casa, está tudo quieto!

Eles me trouxeram velhas lembranças da época que eu era criança, pois gatos sempre foram animais queridos por mim, e os tive em tenra idade.

À época, por “brincadeiras inocentes”, como dizem hoje em dia,

meus irmãos os provocavam, pois se divertiam com minhas reações de medo, de choro, de raiva, de ira, diante das investidas que davam com os cachorros sobre meus gatinhos,

que eram minhas companhias para brincar, em boa parte do tempo!

Meus irmãos eram um pouco mais velhos, e nem sempre tinham paciência para com o irmão mais novo, "euzinho aqui",

e brincadeiras naquele tempo, e infelizmente ainda existem nos dias de hoje, eram deste tipo, com pitadinhas de humores ácidos, bullying, violências veladas, e toxidade,

as quais, sempre negavam na presença dos adultos.

Mimado, medroso, birrento, chorão, fracote, “mulherzinha”, “chora por qualquer coisa”, eram vocabulários comuns, e ainda o é, nos típicos machões, machistas, conservadores, extremistas que repercutem no decorrer da história humana.

Mesmo que inconsciente e visto sem maldade por parte deles, pois era algo comum, aceito socialmente e repassado de geração a geração,

era e é, uma violência traumática e física para os gatinhos, bem como para mim, que, ainda livre de recursos internos, emocionais, intelectuais, dentre outras capacidades de resolução de problemas,

me recolhia na minha “insignificância”, levava pro lado pessoal, como que, meus irmãos não gostassem de mim, e por isso, realizavam estas pequenas maldades.

E me via pensando o que fiz de errado, por que não sou tão bom, porque não gostam de mim, etc..

Isso não me fazia sentir parte da família, nem amado por eles, e provocava afastamentos de minha parte,

em um remoer por dentro, em sentimentos de menos valia, de culpa, outros momentos de vergonha.

Estas práticas, eram realizadas por meus irmãos, primos mais velhos e colegas dos mesmos.

Em muitos momentos, quando escrevo ou falo destas memórias de infância, recebo críticas, como que, quisesse expor a família, em mostrar um lado que muitos negam, inclusive ter acontecido,

mas não faço, com intuitos de julgar, de criticar, de diminuir, me baseando em rancores, mágoas, sentimentos inferiores, mas no entendimento de que, cada um faz, em dado momento, aquilo que é capaz de fazer,

que entende como verdade, que entende como aceitável, e isso vai mudando com o tempo, e não tem como voltar ao passado e refazer estas questões, mas, podemos nestas voltas, aprendermos com as emoções, sentimentos e outros, à época,

aprendermos com estas vivências/experiências, mesmo que negativas, numa ressignificação das mesmas, trazendo para o presente, novas formas de nos relacionarmos com situações parecidas,

e mais ainda, repassando às gerações futuras, modos mais saudáveis de nos relacionarmos e nos tratarmos a nós mesmos e uns aos outros.

Feridas emocionais, bem como traumas, acontecem sim, e na maioria das vezes, de modo aprendido, repassado de geração a geração, mesmo que inconsciente,

e só há um meio de quebrarmos isso, e é rompendo o ciclo.

Por muito tempo, devido aos maus tratos com os gatinhos na infância, eu, temendo reviver situações parecidas, me recusei a adotar filhotinhos como o Merlin e a Maia,

e quantos momentos prazeroso não tenho deixado de presenciar desde então?

Que possamos aprender a zelarmos uns dos outros com mais “racionalidade”, com mais amorosidade, com mais respeito, com mais compaixão, com mais empatia, com mais reciprocidade, com mais cuidado,

com cativares genuínos, com afetos positivos, com mais “brincar”, com mais apoios, com menos julgamentos e condenações, etc.,

como estes pequenos ensinamentos, que os animais “irracionais”, demonstram a nós, em seu viver cotidiano, podemos aprender muito, e um aprendizado que se faz necessário,

é este brincar, reconhecer o outro, sua essência, e ao invés de sufocá-la, permitir que a mesma flua de modo espontâneo e saudável.

Todos ganham quando nos permitimos crescer como nossa essência nos convida, nestes processos de vir a ser, que nos permitem sermos únicos, especiais em nossa subjetividade e tão necessários e importantes quanto aos nossos semelhantes.

Bem vindos Merlin e Maia.

Por Adalmir Oliveira Campos

Entre sobrevidas, idas, vindas, vida...

 


Sou assim, meio de fases,

e de fases, por vezes intensas,

sai até oito e oitenta!

Embora com o tempo e um pouco

mais maduro, já me aturo,

já mais seguro,

me controlo um pouco mais,

dizem, que não podemos

controlar tudo!

E é verdade, e isso inclui a gente...

Há emoções que se despertam diante

de determinados gatilhos,

e sentimentos outros vem,

como que num flashback,

um reviver de sei lá o que,

mas que doeu, e ainda dói,

algo que não se resolveu!

Parte de traumas não superados,

diluídos no corpo.

São feridas ainda abertas,

que o inconsciente chama à cura!

E nestas, ou outras, ou a gente aceita,

cuida, ou surta.

Almas saturadas, embotadas,

não são o que dizem:

preguiçosas, procrastinadoras,

auto sabotadoras, suicidas.

São almas que se perderam, muito além

da própria voz, é uma rouquidão,

uma febre interna, um vácuo de sensações

que dá a entender não existir.

E mina as energias, a vitalidade,

as vontades, o prazer, as alegrias, o ânimo,

a libido, entusiasmos, pães ázimos, o ser!

É uma culpa por não ser o que os

outros querem, o que os outros esperam,

uma vergonha por não resistir este desejo

de fazer parte, romper ciclos, padrões adoecidos, crenças limitantes, e raio o parta.

Vir a ser uma peça para se encaixar,

que não encaixa e desencaixa em si também.

Num mundo de fábricas de sobreviventes,

à espera de um céu que nunca chega,

e a cada dia, parece mais distante.

Cansa esperar uma justiça,

que dizem ser Divina,

mas é injusto e não saudável,

fazer justiça com as próprias mãos,

é algo que foge aos valores mais profundos,

que nos impedem aos ímpetos de morte,

mesmo diante da sobre “vida”, pois é um fardo

que leva aos limites, num sofrimento que nos

acostumaram dizer que cura, como que,

culpados fôssemos por tudo,

E de que valeu a redenção, o sacrifício,

o Cordeiro derradeiro, quem é o criminoso

então, a vítima ou o algoz?

Há justiça?

Não se vive somente de esperanças!

Desesperança é alimento que tem

consumindo o mundo.

Produzem fome, misérias, sede,

e ninguém quer se alimentar destas realidades,

e pagam caro pra fugir, pra se alienarem,

pra aguentar mais um dia.

Felicidade não é daqui, não viemos a passeio,

como que, devemos aceitar o sempre foi assim, o deixa como está,

e continuam os espetáculos de pão e circo, cobras, ratos, leões, tigres, águias...

O mundo é uma selva que querem chamar

de humanidade, mas que humanos são estes

não humanizados, espiritualizados?

Ainda tem sido sobre mil a direita,

dez mil à esquerda, e a massa socada,

se soca mais ainda como que num ringue,

onde ninguém bate na lona,

as apostas são altas pra continuar scripts

Bíblicos, de um passado, que devia ser

uma vergonha, um aprendizado sobre o

que não se repetir.

Nem sempre é personalidade forte,

acredite, é mais escudo e armadura,

pra algo que foi negado, e ainda negam,

dizem que a lei é amor, mas o que há

em seus celeiros além de ouro, prata,

cripto moedas/bitcoins?

As pirâmides ainda se sustentam

à custa daqueles que fugiram do Egito

sob comando dos que se dizem de Deus.

E o fogo queima, feito fogueiras a queimar

as bruxas, e o século é XXI.

Eu sou este, que as chamas secam,

e busca de tempos em tempos,

ressurgir, há momentos que eu acordo

e parece valer a cena,

pena, que são luzes ao fim do túnel,

e falta energia pra chegar lá, e é

preciso empurrõezinhos, estes,

que nos negam por medo de perder,

de serem passados para trás, e o medo,

é um ferro que nos alisa uns aos outros,

são guarda roupas, são cavernas, são bolhas,

são prisões, estas, onde nos querem a lhes

satisfazer as necessidades, a lhes lamber as feridas,

a varrer-lhes e consumir as migalhas.

Eu, sobrevivente... e quantos não são estes

iguais, semelhantes, próximos?

Por Adalmir Oliveira Campos

Pensamentos aleatórios: luz e sombras, claridade e escuridão, nós.

 

Você também tem uns pensamentos aleatórios, que à primeira vista, parecem uma baita confusão mental,
e depois de alguns instantes, parecem querer lhe dizer alguma coisa, como que, algo que se organizou e de modo ordenado, trás informações, conhecimentos outros, que parecem convincentes,
ou melhor, que podem auxiliar um pouco nas transformações de si, nestes processos de vir a ser?
Sei lá, já cansei-me de querer-me salvar seja lá do que for, céu ou inferno.
Em dado momento, não sei qual é pior, um céu, onde vivem as pessoas que se dizem de bem, mas fazem verdadeiros infernos nas vidas próprias e na dos outros,
que vivem julgando e condenando aos semelhantes, se autocondenam, se punem, bem como também o fazem aos que lhes são próximos, em algo que dizem ser eterno, e
só me vem o pensamento de Deus me livre!
Ou se vamos para o inferno, que parece ser somente um pouco mais quente que este orbe,
mas cheio de perseguições, julgamentos, condenações eternas, que mais parecem uma extensão daqui.
Meios termos, parecem-nos bem vindos, um talvez os aceitemos como são, nestas trevas e luz que os permeia.
Sei lá, penso que ser luz, é permiti-la a partir de nossa própria escuridão!
Ontem, quando me deitei, antes de dormir, me vi grato e alegre com a escuridão, a qual, dizem os cientistas, médicos e outros,
que para uma boa noite de sono, a luminosidade do ambiente é importante, e o ideal, é que não se veja o vulto da própria mão à frente dos olhos, depois que as vistas já se acostumaram a esta mesma escuridão.
Esta ausência de luz, me levou a reflexões outras, que me fez ver tamanho valor na escuridão, tanto quanto, ou ainda mais, do que temos visto na luz, esta, a qual propagam aos quatro ventos.
Na noite, na escuridão, esta, na qual não se vê o palmo à frente, se prestarmos atenção, veremos tanto de nós mesmos, como de nossos semelhantes, que não vemos ou percebemos à claras, diante do dia, da luz.
A escuridão nos iguala ao que se refere nossa fisicalidade, este nosso estado corpóreo, em um mundo sem sol, seríamos todos, como a noite sobre a terra,
um Todo, misturado, como as vozes que por vezes, tagarelam em nossas mentes, só que, individuadas, subjetivas, com uma personalidade própria.
A escuridão nos iguala e nos leva a vermos uns aos outros de um modo diferente, pelo toque, pelo cheiro, pelos sons, pelo gosto, e visão outra, que busca enxergar através dos vultos, e o que conta?
Com certeza, as falas, os disse não me disse, o tom da voz, se suave ou forte, baixa ou alta, a força, velocidade e o peso do toque, se bom ou mal ouvinte, se afeta positivamente ou negativamente, o que pode ser percebido além do que se pode ver à luz do dia.
De certo modo, a escuridão nos tira muito do mundo das comparações, no que se refere ao que vemos uns nos outros,
e nem tem essa de bonito ou feio, branco, amarelo ou preto, se olhos verdes, castanhos, azuis, puxados, gordo ou magro, alto ou baixo,
por vezes, na escudridão, me vejo como que, somente tivesse olhos, ou melhor, uma consciência com uma percepção de que existe, bem como aos outros, e somos semelhantes.
O que é um carro, ou uma casa, ou uma cabana no escuro, onde não se vê um palmo à frente?
A escuridão nos revela melhor a nós mesmos, e uns aos outros, o que, muitas vezes, a luz nos cega, pois ela prende a nossa atenção ao que não é essencial,
ao que não pode ser visto ou percebido, a não ser por sentidos outros, sensoriais e não sensoriais, além da visão sob a luz.
A luz pode nos auxiliar a termos uma percepção de nós mesmos, fora desta simbiose coletiva que a escuridão nos põe de certa forma,
nos auxilia a enxergarmos nossas diferenças físicas, características únicas e subjetividades nossas, essa heterogeineidade, que a escuridão faz perceber como homogênea.
A dualidade: escuridão/sombras e claridade/ luz, nos permite uma visão que parte de dentro,
e além da que percebemos dentro, lá fora, projetado no mundo e pessoas, plasmado, do que entendemos como realidade física, corpo/matéria, em que estamos encarnados.
É estranho pensar que a escuridão nos une, e que a luz, de certo modo, nos separa, visto que aprendemos desde sempre, que é o oposto disto que ocorre,
menos no que dizem os poetas, os artistas e os loucos no decorrer da história espiritual e humana.
Precisamos de um sentir abrangente, que nos permita ver em simbiose, em conjunto, em família humana, na busca da satisfação das necessidades de todos, como um corpo só,
bem como, um olhar que nos permita enxergar em nossa individualidade e subjetividade humano/espirituais, num busca de atendermos nossas reais necessidades, individuais e subjetivas,
ao mesmo tempo em que respeitando e buscando atender as reais necessidades de nossos semelhantes, onde a liberdade de um, seja a liberdade do outro e ferir esta liberdade não seja uma opção,
a não ser em autodefesa e a dos demais, em promoção da vida em toda sua simbologia e significação.
Esse emaranhado de pensamentos vão sendo colocados, e por vezes, parecem-me sem sentido, e com sentido, e vou buscando entender sem julgamento, sem preconceito, livre de discriminação de tantas ordens,
e a vida individualmente e coletivamente não seria bem melhor assim?
Seja luz, seja sombras/escuridão, que possamos ver e enxergar com os sentidos mais apurados, além do que os olhos físicos podem ver, percebendo-nos bem como aos outros, assim, na escuridão, como que à luz.
A luz revela a fisicalidade, as cores, as formas, os volumes, nos dá a percebermos as coisas de um modo mais dimensional, nos abre os olhos à fisicalidade, e para muitos, cega a visão, que enxerga além das aparências.
Como temos visto e enxergado conta muito no dia a dia, e promve céus, ou quer acredite ou não, infernos.
Por Adalmir Oliveira Campos

Transformações espirituais e humanas, não dá pra levar ou manter em um pote em conserva.

 


A gente compra muitas coisas em conserva, não é verdade?

É um método bem eficaz, da qual a indústria alimentícia se utiliza para conservar certos alimentos, dentre frutos e outros,

em alguns, preservando o gosto original, em outros, acentuando ou acrescentando sabores,

pena que, em sua maioria, com corantes e outros conservantes químicos, para conservarem estes alimentos (e não alimentos) um pouco mais

e suportarem as gôndolas dos supermercados até chegarem às nossas casas e serem consumidas.

A cada tempo, vemos mais e mais médicos, nutrólogos, nutricionistas, estudiosos e profissionais, outros,

a indicar o famoso “descascar mais, desembalar/desembrulhar menos”,

visto que, tudo o que é natural, colhido e usado em tempo, é mais saudável, e faz mais bem à saúde animal/humana/espiritual.

O fruto que cai do pé, ou os retiramos quando vemos que estão no ponto, as verduras cultivadas na própria horta,

hoje, inclusive, existem várias em apartamentos, e em pequenos espaços,

ganham a cada tempo, mais adeptos e se tornam mais frequentes nas mesas daqueles que buscam uma melhor qualidade de vida.

Antigamente, era bem assim, embora, não entendo muito bem, costumes saudáveis tem sido deixados de lado,

e outros, insalubres, tem sido continuados, inclusive alimentos outros da fé, da religião, da política, das crenças, dos padrões e leis tidas como espirituais e humanas.

E são tantas as fomes espirituais e humanas, não é verdade?

Toda conserva, tem sua data de validade, e chega o tempo em que, se não for consumida, tem-se que jogar fora, descartar,

e assim, também, são questões outras, abordadas nos parágrafos anteriores, tudo tem o seu tempo, são pensadas, elaboradas, construídas, feito o uso, e com o passar do tempo, com as dinâmicas postas pela própria existência, transformações, novos conhecimentos, evolução, progresso,

vão perdendo a essência, a força, a fluidez, o viço, a importância, o que pede serem repensados, reelaborações, reconstruções, ressignificações,

que permitam, novamente, continuidades mais felizes e saudáveis.

Há, dentre estas questões abordadas, algumas que precisam ser feitas novas sempre,

pois não podem ser conservadas, e querer negar estas realidades/verdades, é colocar muito a perder, e impedir ou atrasar/estagnar progressos, evolução e transformações humanos/espirituais.

Existe um terreno, foram colocadas sementes, estas, se desenvolveram, deram frutos,

dentre estes frutos, alguns abortaram, outros foram colhidos verdes, outros colhidos no ponto, alguns postos em conserva, outros, consumidos em tempo, in natura,

ambos, seguiram suas finalidades, cumpriram seus papéis, deram sombra, foram abrigo, alimentaram pessoas, foram feitos matérias primas, recursos outros,

vindo a se transformarem, visto que, na natureza, seja ela física ou etérea, nada se perde, e tudo se transforma,

e outras, deixaram sementes, e estas, sofrem influências diante das variáveis do terreno, intempéries do tempo/natureza, clima, mudanças estruturais terrenas, cuidados e manejo, novas tecnologias e ciências, etc..

Falar de desenvolvimento humano e espiritual, e conservadorismo, não difere muito do que foi abordado no início deste texto, até o parágrafo anterior, isso, quando falamos de moral, ética, leis, crenças, valores, costumes, conceitos, etc..

Nada dura para sempre, mas se transformam, ocasionando resultantes saudáveis e ou menos saudáveis, a depender de como foram conduzidas, se no amor ou no não amor.

As coisas, não sendo as que consideramos Universais, Atemporais,

tendem a dar errado se mantidas conservadas, impedidas de se transformarem, nos contínuos vir a ser,

como que, se o tempo e a vida, não sofressem transformações, bem como os seres humanos/espirituais que somos, estamos e vamos nos tornando a cada época.

Claro que, o que deu certo, é saudável, aplicável ao todo, sem ferir o indivíduo e sua subjetividade humano/espiritual, liberdade, devem ser continuados,

e o que provoca morte, escassez, estagnação, sobrevida, preconceito, discriminação, exclusão, julgamento, condenação, punição, devem ser revistos, desconstruídos, ressignificados,

e através de experiências/vivências nas relações, a cada tempo mais adequadas e saudáveis, serem reconstruídas,

provocando continuidades mais felizes, prósperas na busca de integração, abarcando o Todo, este, do qual, fazemos parte, de um modo mais humanizado/espiritualizado, e focado na promoção da vida em toda a sua magnitude.

Transformações espirituais e humanas são constantes, não dá pra levar num ponte em conserva.

Por Adalmir Oliveira Campos

domingo, 25 de junho de 2023

A oração nossa de cada dia

 


Ouvi uma música que me chamou muito a atenção, no momento não me recordo a autoria, e esta, foi de encontro ao que as experiências da vida tem me direcionando em minhas vivências humano/espirituais aqui neste orbe.

A canção falava sobre a oração, que a oração é escolha, é intenção, e que de nada adianta, esse pedir sem cessar, esse escambo com Deus, em busca de milagres e ou outras coisas,

ao mesmo tempo em que falava de questões outras, como as de que Deus não interfere a partir de nossas orações,

nos chamando às responsabilidades, às consequências das escolhas, intenções, esta oração manifesta através da própria energia emanada do ser.

Também reforçava, nos chamando à reflexão a respeito do sacrifício de Jesus Cristo, trazendo os ensinamentos do mesmo, expresso em suas vivências,

energia que emanava, as escolhas e intenções, nos recobrando a memória de que fomos salvos e não temos nada a pagar, estamos em débito com Deus,

e inferno, é a consequência destas orações mal intencionadas, más escolhas, desejos de mal aos semelhantes, num viver selvagem, ainda com resquícios de barbárie, manipulação, opressão, dominação,

fortalecido em diferenças de classes, em preconceitos e discriminação, como que negando o Deus, Centelha Divina que habita em todos nós, numa busca insistente, de deixar fluir a Criação,

através da Cocriação destes vir a ser, que estamos, em desenvolvimento, em transformações, crescimento, aprendizados!

Do que adianta a oração em prol do bem do próximo, da humanidade, se esta, não é congruente com a energia, escolha, intenção internas, estas, que vibram longe do que os olhos de quem está por fora, não enxerga ou percebe?

O mundo/pessoas, criam a pobreza, a miséria, as dificuldades, sofrimento e dor, de modo a perpetuar assistencialismo como forma de caridade, como forma de ajudar, como forma de mostrar o quanto são bons e merecedores de céu.

Céu, é construção em comum, em coletividade, e o quanto não estamos distantes disto?

As velhas desculpas promovidas pelo Ego/egoísmo, pelas vaidades, pelo narcisismo fora de controle,

sempre indicam que é cada um por si e Deus por todos, e o demônio, os obsessores espirituais a construir barreiras para que o mundo permaneça neste Status Quo, o qual, se mantém no decorrer da história.

Somos nós, o Deus e o Demônio, e as nossas orações, nossos desejos e escolhas, pensar, sentir, agir, corrobora para estes meio céus, meio infernos contínuos, os quais vivemos, entre altos e baixo,

montanha russa, roda gigante, onde ora um, ora outro, sente os reflexos, as consequências das orações que tem sido mais recorrentes e efetivas.

Há coisas que quanto mais se divide, mais se multiplicam, e amor, prosperidade, riquezas, bem querer, cativar, compaixão, perdão, acolhimento, validação, reforço positivo, afetos positivos e saudáveis, responsabilidade afetiva, comunicação não violenta, dentre outros,

são muito destas coisas, as quais, em não praticadas, nos impedem paraísos.

Deus não nos abandonou, somente nos deixou aos cuidados próprios e aos cuidados uns dos outros, e infelizmente, entendemos que é somente sobre cuidados próprios.

Se tudo o que fazemos aos outros é o que nos vem de retorno, o que podemos concluir de nossas orações, escolhas, decisões?

Orar, é mais que estar nas esquinas, nas praças, ou dentro de um quarto a pedir pelo amor de Deus:

"me dá isso, me faça aquilo, realize isso, sou grato por isso, por aquilo, tenho feito por onde, porque não tenho recebido conforme me empenho, invisto, luto dia a dia?"

Há momentos em que vou contra muitos que se dizem a favor da lei do mérito, do pensamento positivo, do segredo, etc., pois a depender disto ou daquilo,

como justificar menos de dez porcento da população mundial reter a maior riqueza mundial e serem os “grandes sobre a terra”?

Oito bilhões de pessoas e somente estes poucos, entenderem os segredos do universo, como que, se este somente viesse a ser manifestado a estes poucos, e aos demais, o virem a conquistar a altos custos, inclusive, por vezes, o da própria vida.

Oração, não é uma investidura, uma armadura, um escudo, uma munição que se usa para combate, para vencer o outro, semelhante nosso, o qual têm-se como inimigo,

por questões pessoais, baseadas em ambição, egoísmo, espírito de competição, em preconceitos, discriminação, medo, vergonha, culpa, estados de inconsciência do que é sagrado em si e nos semelhantes.

Qual Deus ouve as orações em prol de eliminar a sua própria Criação?

Mesmo a maldade sendo “invenção Divina”, ao que se refere ao entendimento do mundo de dualidades,

deu-nos, o Mesmo, o livre arbítrio, a liberdade, para que, a partir daí, agíssemos sob suas orientações ou não,

sendo cada um, responsável por suas escolhas/ações, e consequências destas, que querendo ou não, recai sobre toda a Criação.

A oração, é, antes de mais nada, ou de tudo, um olhar para dentro, uma busca de autoconhecimento, a partir dos próprios frutos, a começar por análise interna,

uma investigação, busca, encontro, acolhimento, validação, cuidado, ressignificação das próprias emoções e sentimentos que estas despertam.

O estado de consciência nos deixa claro se estão em alinhamento com as leis Universais de “amar a Deus acima de todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo," e em acrescentando à fala de Cristo, amarem-se a si mesmos e aos semelhantes, assim como Eu Vos Amei.

Toda oração, como a entendemos até o presente momento, perde todo o seu efeito saudável e positivo,

se o que ressoa dentro, em si, não condiz, não seja congruente com as energias internas, oração, é um estado de espírito!

Estar nas praças, nas sinagogas, nos bancos das igrejas, nos púlpitos destas, no próprio quarto, em orações continuadas, ladainhas, repetições infinitas de faça isso, quero isso, obrigado por isso, etc.,

não passam de monólogos, de atos puramente narcisistas, se não vão de encontro à Lei do Amor,

à lei que reconhece Deus no semelhante, que acolhe, que valida, que cuida, que respeita, que ama, que permite incluir, interações e vivências saudáveis,

integração que busca sublimar a vida de forma que a mesma, seja querida, preservada e cultivada por todos e para Todos, Todas, Todes.

Oração, é este sentir-se inteiro, amado, próspero, de bem com a vida, de bem com a própria consciência, com o próprio corpo, gostar disto, e se sentir feliz por seus semelhantes, se sentirem assim também,

é uma busca diária e constante, de modo que ninguém esteja sendo excluído ou colocado à margem,

é uma fala/assinatura energética, que flui livre das amarras postas pelo Status Quo, ora vigente.

Oração, é liberdade e libertação a partir de si, no reconhecimento da centelha Divina que se é, e de que o outro também é, em igual semelhança.

Por Adalmir Oliveira Campos

Carnaval, fonte de pecados?

 


E passa ano, entra ano, e as coisas, para muitos, não mudam em quase nada, ou em nada mudam.

São pessoas de uma imaginação 'des' criativa da realidade!

Parecem mergulhados num mar revolto, quando diante dos progressos e transformações sociais, culturais, religiosos e outros,

no que chamamos progresso e transformações sejam estas, pessoais e ou coletivas.

Muitos destes, parecem ter saído de um período que remonta a dois mil e poucos anos atrás, querendo manter, e ou, impor costumes, crenças, dogmas, leis e outros,

que já foram ou tem estado em transição a serem superados.

A história nos revela de várias maneiras que nada é estático, e se nos foi dado inteligência para nos superarmos de geração a geração, à medida em que tomamos conhecimento e adquirimos recursos suficientes que nos possibilitem tais mudanças,

por que insistir em permanecer, como que, não tivéssemos progredido, evoluído, nos transformado no decorrer de milênios?

Ainda alimentam crenças limitantes, padrões de funcionamento relacional disfuncionais e adoecidos, quando não, bárbaros, violentos, norteados por sentimentos e ações de ódio, preconceituosos, discriminatórios,

o que trás/causa doenças, síndromes, transtornos, e outros, onde sofrimento e dor, tornam-se um impeditivo para um viver humano/espiritual mais solidário, fraterno, humanizado, espiritualizado,

dentro de uma consciência mais Universalizada de Deus, na promoção da vida em todos os aspectos que integram o Todo que somos.

Carnaval, ainda tem sido visto como festa da carne, do pecado, de baixa vibração e atração do negativo para as realidades em que vivemos,

como que, se em outros momentos, o que é praticado e visto como algo danoso, maléfico, não o fosse, em outras épocas do ano.

Estar nos clubes, nas passarelas, nas praias, nas represas, na igreja, nos retiros, em oração, dançando músicas não religiosas ou religiosas, em meditação, etc., fazem parte do cotidiano humano, sendo realizado por mais de oito bilhões de pessoas,

são práticas sócio culturais, de vivências humanas, de interação, socialização, inclusão e integração necessários, pois são dinâmicas propostas no mundo em que ora habitamos/dividimos.

O que torna uma coisa má e outra boa, deve-se a vários fatores, e a que mais conta, está no íntimo de cada um, e nem sempre, é visível a olho nu, como as vãs filosofias, ideologias, morais constituídas no decorrer da história humana nos revelam.

O que se quer dizer com isso?

O que conta, é o que ressoa das vísceras de cada individuo, nas relações consigo mesmo e com as pessoas com quem convive e se relaciona, como este indivíduo pensa, sente e age em seu íntimo e no encontro com o outro.

Há pessoas que, em períodos como este, de carnaval, mesmo em retiros espirituais, fazem mais mal a si mesmos e aos seus semelhantes, que muitos dos que festejam o carnaval,

pois em seu íntimo, tramam contra seus semelhantes, agem com preconceitos, discriminação, vivem como fiscais da vida alheia, inquisidores da boa moral, dos bons costumes, da “lei e da ordem”,

nem sempre, com entendimentos mais sutis e nobres de Valores Universais e humanizantes/espiritualizantes,

numa busca de fazer justiça com as próprias mãos, como que, o destino de toda humanidade, em suas limitadas capacidades de entendimento humano espiritual, recursos internos e externos, de gerenciamento, “senso de justiça”,

os capacitasse para sentenciarem céu ou inferno aos semelhantes, desrespeitando a essência, identidade, individualidade e subjetividade de cada ser.

Há pessoas que fazem mais bem a si, bem como aos semelhantes, e serve mais a Deus, que muitos que se dizem os preteridos do Senhor.

Isto me lembra da parábola da pobre viúva com sua oferta diante do Senhor, que vista aos olhos humanos da época,

era bem pequeno e insignificante, diante das ofertas dos que se consideravam acima, superiores,

e a medida, não era a quantidade depositada no altar, mas a intenção, a luz que brotava desta, em generosidade, em fazer por amor, por desejar o bem aos semelhantes, livre destas querências de fazer escambo com Deus, em lhe exigindo reciprocidade/devolução, do que fora “investido”.

Dançar, se socializar, se alegrar a partir de si, estar com os semelhantes compartilhando de momentos alegres, sempre foi algo mais que cultural,

faz parte da própria estrutura orgânica, humana/espiritual, algo intrínseco, um conhecimento que já “vem de fábrica”, e é mantido pelas tribos primitivas, e percorre a história humana até os dias atuais.

Ter Cristo em si, Ser de Cristo, ser de Deus, tem muito em haver com alegria, com gozo, com prazer, com vida, com dinamicidade, movimento, fluidez,

e querer o oposto disto, é impor movimentos de morte, um perpetuar de culturas doentias que super valorizam e romantizam sofrimento e dor, cultuando e propagando o inferno,

num dizer que é pra salvar o outro, quando na verdade, se perdem e levam os despreparados, inconscientes de si, da própria essência, ser e estar,

a seguirem perdidos também, em movimentos de não vida, de não alegria, de não prazer e gozo, e assim, cegos a guiarem outros cegos,

a cutucar feridas, a avivar e atualizar traumas despertando gatilhos emocionais que trazem flashbacks de tempos onde se instalaram medos, vergonha, sentimentos de inutilidade, de baixa autoestima, de insignificância,

de não amados, de não respeitados, de não queridos, de abandonados, de traídos, de negligenciados, de invalidação, de que não tem voz, de ter que fazer para merecer, etc..

As pessoas precisam rever seus (pré) conceitos, principalmente acerca do que é ou não pecado,

pois na santidade e pedestais em que se colocam e se veem em posição, agindo mais pelo ego, pelo ódio e sentimentos outros, inferiores, na busca de acertar e ir além, como que, escalando Torres de Babel, não veem o mal que trazem ao mundo/realidades, aos semelhantes e a si próprios,

em se perdendo, e aos demais, levando-os a se perderem vendo morrer a própria essência, ser e estar, e vir a ser,

sendo abortados em nome de um céu, que trazem infernos futuros, numa extensão dos infernos, já, vida afora, presente.

Carnaval e Igreja/Religião, ambas, desprovidas de amor e valores Universais e leis, que se baseiem nos mesmos princípios deste Amor,

não passam de “guerras santas”, de fogueiras queimando bruxas, bruxos, demônios e demônias, expulsando-os dos paraísos, estes, que questionam,

onde há amor, liberdade, vida, possibilidades de expressão de nossas essências, em vir a ser, que nos façam sentirmos dignos dos atributos, e ou herança de filhos de Deus, feitos à Tua Imagem e Semelhança?

Que atire a primeira pedra quem nunca pecou!

Se ser feliz feliz é pecado e leva ao inferno, fica registrado que quero voo em primeira classe.

Por Adalmir Oliveira Campos

Ser a gente mesmo, é uma arte insubstituível e necessária

 


Há momentos que chega tanta informação na mente, vontade de escrever sobre tantas coisas, temas, e por vezes, parece que me auto saboto e deixo de entregar.

Pode ser por medo de não conseguir a contento, ao gosto, de um modo que agrade, que agregue, que seja útil e saudável suficientemente.

Escrever para mim, já o disse muitas vezes, muitas outras, escrevi,

é algo que me faz bem, que faço com gosto, que de certo modo, me realiza e me faz sentir útil,

embora não seja vista como profissão por muitos, mesmo que, ao ler, saem ganhando em conhecimento, ou com pulgas atrás da orelhas, um questionar...

A arte, seja ela literária, plásticas, performances, etc., são postas como não profissões,

como algo que não põe o pão à mesa, que não enche barriga, e crenças outras, que limitam muito,

pois, são negações feitas, não somente às artes, mas também, aos seres humanos/espirituais, estas essências divinas, que as produzem.

As árvores que dão frutos bons sempre são podadas, recebem pedradas, sofrem "cancelamentos", e o sistema ganha com o não despertar.

A não validação e não valoração/valorização da arte, tornam mendiga a arte e o artista,

em tentativas de arrancar-lhes o Sopro que Lhes concedeu a vida, vida esta, a ser experienciada através destes “dons”.

O que seria da humanidade, como a conhecemos hoje, e a que esperamos ser e estar no futuro, seja próximo ou mais distante, sem as artes geradas no mundo?

Acredito, que a falta, geraria consequências desastrosas, tipo, usando como comparativo, a extinção das abelhas, seria a extinção da própria humanidade/espiritualidade.

A arte, é esta parte inconsciente, este tapete mental, para onde se jogam “as sujeiras”, que em dado instante, a imaturidade, a pouca experiência, as poucas aprendizagens, recursos internos defasados,

não conseguem processar, reconhecer, aceitar, validar, lidar, superar, etc.,

e para não dar pane, como válvula de escape, vai deixando a pressão sair, aliviando os fardos, medos, vergonha, ansiedade, depressão, ou melhor,

dando esta sensação de alívio,

até que estejam em estado de prontidão para desconstruir, transgredir, ressignificar e transformar os limões que a vida trouxe, seja por nós mesmos e ou, através de outros,

estes que nos são semelhantes, em limonada,

saindo assim, de padrões adoecidos que entende-se como sobrevida, indo a patamares mais saudáveis, a que entende-se como Vida.

A mania de perfeição e manias outras, nas quais fomos condicionados, costuma atrapalhar mais que auxiliar, pois impedem fluidez, criatividade, disposição, ânimo para o fazer,

por nos colocar numa condição de obrigação de produzir constantemente, continuamente, como que se fôssemos maquinários industriais,

e não o fazem assim, mundo afora como que regras e leis para existir?

As artes nos trazem esperança, nos leva a enxergarmos possibilidades onde somente se enxerga o fundo do poço e nem sempre, a luz ao fim do túnel,

elas nos falam de milagres, de transformações possíveis, faz valer o pensamento de que nada se perde e tudo se transforma, assim como nós, estes seres espirituais e humanos que estamos e somos.

As artes tem esse papel mágico de tirar de presentes sofríveis, bem como de nos trazer de volta a presentes necessários,

nos alertando que o poder de nos metamorfosearmos, se encontra neste agora, e segue entre pausas, entre continuidades e descontinuidades, neste filme que acontece quando decidimos dar passos em frente.

Sobre artes, ficaria dias escrevendo, mas como cada ser é impossível de se definir, as artes também o são,

nossa subjetividade não nos permite felicidade em caixinhas, nos revelam que não somos produção de modelo único, produzidos em massa, e que, entendido isto, e isto posto, busquemos nos permitir,

mesmo que nadando contra a maré.

Sermos a gente mesmo é uma arte insubstituível e necessária!

Por Adalmir Oliveira Campos

terça-feira, 20 de junho de 2023

Doenças invisíveis, você não vê, mas existem!


 

Existem várias doenças silenciosas, que muitos quem não as possui, ou nunca passou pelas mesmas, desacreditam, mas que doem pra caramba naqueles que são acometidos por elas!

Trazem grandes prejuízos para os que são acometidos por estas em suas relações familiares, de amizade, profissionais, religiosas e outras.

É difícil para as pessoas buscarem ter um pouco de empatia para com os semelhantes,

e ao invés de lhes ajudar em seus processos de vir a ser, estar e de cura, fazem o oposto, agravando ainda mais tais doenças.

Dizia Dante "os infernos são os outros", apesar de que, por vezes, vive-se também, verdadeiros infernos por dentro, conforme capacidades e recursos internos e externos.

A vida já têm sido dura demais, para sermos duros uns com os outros, já não basta as lutas e sacrifícios diários impostos pelo Mercado/Status Quo vigente?

Têm-se que matar leões por dia, tigres, leopardos, hienas, selvas inteiras,

e ainda, tolerar "colegas de trabalho" infernais, os quais, deviam aliviar fardos, mas como verdadeiros demônios, os acrescenta e ainda sorriem e se comprazem nisto.

E o mundo, e as pessoas, e a humanidade/espiritualidade segue cheia de traumas e feridas em aspirais do tempo em busca de cura, a qual, se distanciam devido aos corações empobrecidos, endurecidos, apodrecidos.

Transtornos emocionais, Transtornos de personalidade, Síndromes, Fobias, dentre outros, geralmente são vistos como falta de Fé ou de Deus,

como obsessão espiritual, preguiça, procrastinação, “mimimi”, fraqueza e outros,

o que acentua em muito o sofrimento, pois aliam-se à doença, acrescentam sentimentos de incapacidade, de inutilidade, de que se é fraco,

de culpa por não conseguir “ser forte”, de não se curar conforme as expectativas externas/alheias,

por buscar descansar, laser, sair com pessoas de confiança e redes de apoio, por não se sentir suficiente ou útil, por “estar incomodando, dando despesas, sendo um peso para parentes/família,”

por ser "desleal" consigo mesmo, por quebrar promessas para si e para com os semelhantes, etc.,

baixa auto estima, baixo auto amor, zero auto compaixão, nada de perdão,

muito de auto punição,

uma culpa que também vem carregada de vergonha!

Ninguém escolhe estar doente, seja física, seja mentalmente/emocionalmente.

Estas doenças tem sido uma construção cultural, política, religiosa, ideológica...

Acredita-se ser proposta por classes dominantes às classes dominadas.

E infelizmente há pessoas que invalidam as dores dos que sofrem destas doenças silenciosas e invisíveis,

dizendo que estes, adoecidos, descrentes, em sobrevida, sem ânimo,

querem tirar proveito pra ficar “coçando o dia todo”, pra não ir trabalhar, para se aposentar, para não ajudar nas tarefas de casa,

e por aí afora, e isso, é desumano, um desrespeito ao semelhante em sofrimento!

Há câncer em corpos e almas, e ambos merecem atenção e tratamentos dignos.

Vivemos em tempos onde a utilidade conta mais, onde o fazer se faz necessário de forma constante e continuada,

e a cada tempo, aumentam os números de pessoas adoecidas por este Status Quo, sistemas adoecedores, desumanizantes, ladrões de almas.

Não perguntam mais sobre como você está ou se sente, se tem estado melhor, geralmente é:

"Não vai trabalhar mais não?" "Quando você volta a trabalhar?", "Mais ainda não voltou a trabalhar, você precisa recomeçar", "Mas você está demorando a melhorar", etc..

E para tudo que a pessoa expressa, comenta, sobre seu sofrimento e dor, há uma desculpa para as invalidar,

como que fosse proibido adoecer, e nada se fazem para contribuir, solucionar as causas, atacar as fontes do sofrimento, muitos, causados por hereditariedade,

outros causados e agravados por uma má e adoecida formação/ educação iniciada na infância.

Sempre se fala que não é sobre encontrar culpados, e é super correto este entendimento,

mas, à medida que se adquire consciência, acredito, dever-se-ia buscar entender o que é de responsabilidade de cada um,

pois, ninguém é uma ilha isolada, ou reside em uma bolha, somos afetados e afetamos uns aos outros seja positivamente, seja negativamente,

seria justo, responsabilizar somente uma parte envolvida?

Uma família desestruturada, com padrões comportamentais, educacionais, crenças, e outros, adoecidos,

bem como uma empresa ou religião, ambientes, pessoas, etc., também adoecidos, adoecem uns aos outros,

e entendo que seria interessante que a cura também fosse de responsabilidade de todos.

Dizem que pedimos para nascer, mas será que somente isto basta?

Eu acredito que pedi para viver, e sobrevida, é um "viver" cuja frustração é difícil de suportar,

principalmente quando não ensinados a lidar com as emoções e sentimentos de modo saudável desde a infância.

Vemos mundo afora, dentro de uma mesma linhagem familiar, estes micro modelos de sociedade, as mesmas discrepâncias vistas no macro, nas sociedade como um todo,

E se não nos resolvemos, não tratamos com amorosidade, acolhimento, validação, fraternidade, presença, compaixão, perdão, reciprocidade, etc., em família, no micro, como o faremos em sociedade, no macro?

Preconceito, discriminação, racismo, xenofobia, misoginia, competição, violência/agressão verbal e física, etc., se aprende de pequeno, e de quem é a responsabilidade, das gerações que chegam, das que estão, ou das que tem partido deste orbe?

Claro que não devemos ficar de braços cruzados esperando alguém se responsabilizar, ser nosso herói ou heroína e vir nos salvar, mas que é bem mais bonito nos ajudarmos mutuamente, é!

Por Adalmir Oliveira Campos

Propósito e missão, ou é benção, ou é maldição.

 


Tem muita gente hoje em dia falando de propósito, falando de missão,

de certo modo, é louvável, demonstra um desejo de deixar um legado que oportunize um mundo e pessoas melhores,

mas diante de tanto, precisamos questionar se estes propósitos estão de acordo e alinhados a ideologias, seguimentos, intenções, projetos, sonhos, crenças, leis, etc.,(saudáveis, universalizados, humanizados, espiritualizados)

e se realmente contribuem positivamente para as gerações futuras em seus processos de vir a ser e estar no mundo,

e de mundo, sociedade que atenda às reais necessidades, tanto individuais e subjetivas, quanto as coletivas nos diversos segmentos e contextos em que se encontram, passam, ou fazem parte!

Missão e propósito, ou são bençãos, ou são maldições.

Acredito que, embora se use muito os termos “pastor e ovelhas” em livros sagrados, estes “profetas”, não visavam fortalecer sistemas de castas ou classes, construção de cercadinhos, ou tribos, ou bolhas,

mas, uma busca de desenvolverem uma linguagem Universal que abrangesse o todo humano, material/físico/espiritual, de um modo mais alinhado, saudável, livre de parâmetros, diretrizes, leis, e outros, discriminatórios e excludentes,

em respeito às essências, individualidade e subjetividades humano/espirituais e preservação, continuidade da vida, num todo integrado, livre de exclusão, de julgamentos, de condenações, visto que, todos falavam de amor, de não deixar ninguém para trás.

Há, nos dias atuais, muita ajuda não solicitada, que embora inspirem pessoas a uma vida tida como mais próspera, feliz, abundante,

não passam de charlatanismo, uma busca de satisfação das próprias necessidades, alimentação do Ego,

uma busca de se destacar na multidão, mesmo que, às custas do que, a longo prazo, pode colocar não só o humano/espiritual a se perder, bem como, as condições de vida em todo o planeta, o qual, ora habitamos.

Até as minhocas, em um minhocario, em dado momento, parecem ser mais “inteligentes” que os humanos,

dito que, buscam preservar a espécie como um todo integrado, dividem sua alimentação em comum, crescem populacionalmente conforme espaço no minhocario e quantidade de alimentos disponíveis dentro da caixa em que se encontram.

Missão e propósito, nem sempre tem em haver com o que propõem indiscriminadamente numa criação fantasiosa de mundo, onde tudo é possível,

menos, suportarmos a realidade com mais amorosidade, bem como os que nos cercam,

os momentos simples e ordinários, em que o pão nosso de cada dia, as prosas, os sorrisos, a barriga cheia,

a consciência tranquila, a paz externa e interna restaurada, um teto para morar, vistas para as estrelas,

mergulhos de mar, ou rios, ou lagos, em si, de uma forma honesta e transparente.

Tem propósito e missão, que são gaiolas, que são cercadinhos e podam asas, e surrupiam a lã, a carne,

e consomem a vida, numa busca em que a nada leva, a não ser a perdição de si, da própria essência/espírito, do belo, das energias vitais de cada ser.

São mestres em propagar mentiras, em colocar uns contra os outros, em discriminar, em julgar, em separar o que, a seus critérios distorcidos, baseados na própria confusão e adoecimento em que se encontram,

arrotam como o certo, como verdades absolutas(obsoletas) mesmo que, o tiro saia pela culatra,

infelizmente, depois que muitos venham a se perder!

Tratam seres humanos separando-os como valorosos feito diamantes, e de menos valor feito cascalho,

visto que, não passam todos de pedrinhas semelhantes,

que na falta de uma, uma praia é menos praia, uma montanha é menos montanha, uma casa é menos casa, e a humanidade, é menos humana, menos espiritualizada, menos humanidade e humanizada.

Evolução, progresso, prosperidade, riquezas, possibilidades e possibilidades, infinitas possibilidades,

e sobem em seus pedestais, palanques, púlpitos, palcos, em números de seguidores,

ditam promessas feito politiqueiros em tempos de eleição, prometendo sonhos, criando ilusões e esperanças de um dia, também estarem lá,

em posições de destaque e valorização, a explorar, como tem sido explorados, e de quem é a culpa ou responsabilidade, dizem, é sua.

São mais de oito bilhões de pessoas, e a cada tempo, mais crescente os excessos,

o clima de ostentação, de poder, de status, de vitrines bonitinhas pra vender propósitos e missões, buscando assim manterem esta pirâmide numa busca incessante de alcançar, sei lá, o céu?

Lúcifer são estes todos, todas, todes, que não conseguem arregimentar seu narcisismo interior,

querendo o mundo um espelho à sua imagem e semelhança, aos seus pés e caprichos, e a isso dão nome aos bois, lançam cursos, vendem caro, a preço de ouro, suas histórias de sucesso, e seguem, sem trégua,

separando o que consideram joio, do trigo, galinhas, de águas, pedrinhas de cascalho, de diamantes, árvores pequenas, cultivadas em vasos, bonsais, de árvores silvestres,

como se humanos não fossem feitos à semelhança do que dizem ser o Criador, e se assim o é, porque tanta diferença, indiferença, maldade, ódio, sobrevida, violência, preconceito, discriminação e morte no mundo?

Missão e propósito, dizem, e outros seguem sem questionar, pois como pode a ovelha dizer ao Pastor sobre suas verdades internas, sobre suas reais necessidades,

sobre as emoções, pensamentos, sentimentos, experienciações que lhe são pessoais e intransferíveis, subjetivas, únicas?

Mesmo ovelhas, mesmo cascalho, mesmo galinhas, mesmo joio, mesmo seja lá o que for, não somos semelhantes?

Em se falando de um mundo de dualidades, o que nos diferenciaria?

Privilégios, não privilégios, entrar no jogo, não jogar, jogar, meritocracia?

Mas existe uma medida justa para indicar com precisão quem tem se dado mais, quem tem se dado menos?

Missão e propósito, se colocar ou descer do pedestal?

Sei lá, só sei que entendo que, ou se salvam todos, ou todos se perderão.

Dizem que falhei, que desisti, mas o que dizer de uma busca por realização de missão e propósito que quanto mais se entrega, se corre, compete, se destaca, se torna reconhecido, se perde?

Não, eu não estava seguindo os propósitos e missão de minha alma...

seguia feito rato de laboratório adestrado, na louca corrida dos ratos,

adoeci, me esquivei, entrei em contradição, divergi, transgredi, me desprendi,

parece que me libertei, embora sinta o efeito das grades que permanecem presentes, mesmo em não sendo físicas...

é um sair da gaiola, e não sair, é um caminhar e seguir em frente e por vezes não sair do lugar,

é muita coisa deixada para trás, é muita gente que se foi, é vazio, é solidão, é solitude, é saudade,

é um novo mundo que se abriu, e há momentos que me torno meio estátua de sal, feito Ló, querendo voltar atrás,

e ainda não descobri como seguir em frente, é estranho como podemos conhecer tanto lá fora, crescer, prosperar, conquistar, estar em destaque, em pódio no primeiro lugar, ter seu próprio pedestal para ostentar, status, um nome, e não ser, não estar, e talvez não vir a ser.

Liberdade é se perder em tudo, e inclusive em si, de si, é buscar como caminhar a partir das energias que emanam de dentro, num propósito e missão,

num respeito a si, em si, mútuo, individual e coletivo, o que passa disto, é efeito manada, sobrevida e morte.

Por Adalmir Oliveira Campos

De onde menos se espera, tira-se grandes lições

 


Estava, estes dias atrás, a observar a Maia e o Merlin,

os gatinhos aqui de casa, dois filhotinhos lindos, a forma como os dois se relacionam é muito fofinho,

é a natureza nos ensinando através destes arquétipos.

Ao menos nestes, não vejo rivalidades!

Brincam, “brigam”, treinam suas lutinhas, dormem, exploram o quintal,

e se deixar, ficam o tempo todo encima da gente ou um do outro.

Alguns filmes futurísticos retratam menos toque, contatos, afetos positivos entre os seres humanos,

em alguns, chegando a falar que o sexo vai se tornar algo ultrapassado, o que acho muito estranho, contraditório com a nossa existência humano/animal/espiritual,

como que, ter este corpo, estar fisicamente neste plano/orbe e ter que negar as emoções, os sentimentos, os prazeres, alegrias e gozo, fosse errado,

como se fôssemos estes seres espirituais evoluídos, que dizem que viemos a nos tornam, e assim, negando uma parte nossa, a qual, nos permite a existência aqui.

Viemos para experienciar, aprender, ou "ter que provar" que já somos seres evoluídos, inteiros, completos, perfeitos?

A mediocridade nas relações e afetos vem como que em negação à própria natureza,

como que, se amar uns aos outros, o toque, os afetos positivos, as carícias, as sensações de gozo, de prazer, fossem mero acaso,

ou seria, um aprendizado, um conhecimento anterior à nossa criação e vinda a este plano?

Se fomos feitos à imagem e semelhança de Deus, não queria Ele, que experienciássemos tudo o que é possível nestas experiências humano/espirituais?

A cada existência, se vive conforme as capacidades e recursos adquiridos, corpo/espírito que os habita, ao menos, é o que considero o mais adequado.

Quando tudo é pecado, viver parece ser castigo, como têm-se posto a nós a milênios.

Se os próprios animais podem se acariciar, se tocar, brincar, sentirem prazer nas companhias uns dos outros, livre de vergonha, de medos, de julgamento,

porque que, conosco, seres tido como mais evoluídos, “racionais”, adultos saudáveis, seres de bem, impõe-se viver mecânico, morno ou morto?

É tanta gente mal amada no mundo, mal humorada, fazendo guerra,

se fossem satisfeitas em suas necessidades de afeto, de toque, de carícias, tendo supridas suas carências e fomes outras,

acredito que teríamos mais paz e harmonia no mundo.

Já diz o ditado: gente feliz não quer guerra com ninguém.

O que se repreende em si, o que se julga ser pecado, as auto punições,

é algo muito pessoal e subjetivo, como obrigar ao outro sentir-se, não sentir-se tratar-se, não tratar-se, cuidar-se ou não cuidar-se, amar-se ou não amar-se, como a nós mesmos?

Céu é construção, bem como inferno. Para onde nosso foco, atenção, olhar, coração estão sendo postos?

A falta de autoconhecimento, conhecimento do outro, do modo de funcionar no individual e no coletivo,

nos impede em muito vivências e entregas mais saudáveis e recíprocas.

Um mundo de regeneração, sem tanta dor e sofrimento para a humanidade, é possível,

mas com certeza, teremos que mudar a munição, deixando de lado velhos hábitos, crenças, costumes, falas, pensares, ações insalubres, indigestos,

num fazer munição com menos julgamento, mais respeito, mais amor, compaixão, perdão, acolhimento, validação, reciprocidades...

Estamos a caminho, sigamos firmes!

Por Adalmir Oliveira Campos

Fragmentos, construção de mim...

 


Tenho dois lados que se alternam, que se mostram, em que me revelo.

Quem tem olhos para ver, me veem!

Há os que os tem, e são poucos, outros me veem louco, sem jeito, nerd, sei lá.

Sim, é como se fosse mais de um, em um, um bipolar, talvez!

Diagnósticos, dizem que é possível!

Por vezes um, em uma parte do ano, outras vezes, outro, na outra parte do ano.

Quase que dividido em estações...

Acontece também, de se mostrarem em um mesmo dia, eufórico ou deprimido, alegre e triste, vazio, preenchido.

São três em um, talvez mais, e um deles sou eu mesmo, um meio termo, um meio lá, meio cá, 

(Há quem diz que são obsessores, talvez seja)

que por vezes noto, vejo, sinto, toco, aproximo e me distancio.

A medicação chama a meio termo, a sair de polaridades, a me perceber?

Misto de sensações, há momentos em que me vejo no espelho, noutras oras, disfarces de como o mundo espera, 

temperado a goles de cerveja, uma felicidade, talvez inventada.

Tem quem gosta, tem que odeia, tem quem tolera, tem quem respeita, tem quem se afasta, 

tem quem se aproxima, tem quem chega, e tem quem vai embora, 

e eu continuo tentando lidar com nós três, pois se há um lugar, em que posso controlar alguma coisa, 

é dentro de mim, em mim, os outros, são os outros, cabem a eles se controlarem.

Já me bastam as minhas distorções da realidade, a minha dissonância cognitiva, os pensamentos acelerados, 

as emoções oras desreguladas, por vezes, sem motivo específico.

Os bons, dizem, permanecem!

Cresci, um vulcão em erupção, implodindo, contendo, me machucando dentro, pra não machucar fora, 

e olha que tive vontade, e ás vezes dá, 

tem gente que não sabe dos próprios limites,

e ainda testam os da gente, e quem aguenta ser testado o tempo todo?

Uma ora explode, não é verdade? 

E tem gente que teima em apertar o botãozinho vermelho, o qual falamos que não pode mecher, ou apertar, 

eu dou limites, eu tenho limites, e há momentos que nem dou, 

por sabe-se lá o que: carência, medo de ficar sozinho, de ser abandonado, 

tem outro nome que se usa, que se aborda, que se comenta muito hoje em dia, a “dependente emocional”, 

e quantos não somos, e não tratados, nos sufocamos uns aos outros?

A gente costuma pensar que a culpa é da gente por ser assim, pode o ser, em parte,

mas troquemos culpa por responsabilidade, e há quem tira o seu da reta.

Interdependência parece conversa pra boi dormir, cada um tem querido o seu e pronto,

como que, vivessem em bolhas, cada um na sua, e há quem se cura, (transtornos não!)

quando entende, que independe dos outros virem, e pedirem perdão ou desculpas, 

a ferida é no lombo, é nossa, os traumas também, se não se responsabilizam, se não reconhecem, nos perderemos por isso?

Bom seria, se cada um reconhecesse e fizesse sua parte, 

mas dizem que não, fizeram tudo o que podiam à época, e não estão de todo errados, 

pois o que se pode fazer quando a carapuça serve, e se veem reproduzindo do que aprenderam/receberam?

A árvore genealógica cresceu torta, ou a puseram-na, a crescer assim?

Meio louco esse tal metamorfosear, é se sentir lagarta a vida toda, e talvez, 

e em um parte da existência, se descobrir borboleta, ou passarinho, ou cisne...

Por Adalmir Oliveira Campos

terça-feira, 13 de junho de 2023

A volta do Que já veio?

 


Muito se fala da volta de Jesus, considerado por alguns, um grande Profeta, por outros, o próprio Deus e ainda, Filho Deste.

Desenham esta volta seguindo literalmente preceitos bíblicos, entendimentos outros, oriundos de interpretações de textos, histórias passadas de geração a geração, cheios de mensagens subliminares, metafóricas,

que exigem, pelo que expressam, grande conhecimento e sabedoria, ao passo que o próprio Messias, falava de modo simples, ao ponto de as crianças entenderem,

pois tais conhecimentos, vão ao encontro de o que as assemelham, e herdariam estes, os reinos dos céus,

e são muitas moradas, dizia o Mestre.

E Ele foi para nos preparar!

Vivemos em um mundo, onde a linguagem esclarece, mas também confunde, libertam, mas também aliena, tiram as escamas das vistas, mas também as coloca, trás verdades, mas também as encobre, mostra a realidade, mas também a falseia,

Viver neste plano, é como viver sob o efeito do ópio, sob o efeito de ilusões, meio que atordoados por magia, por obsessões outras que entremeiam o ser e não ser, eis a questão!

E esta neblina existencial densa, nos mantém no que chamam piloto automático, uma meia vida, uma vida morna,

onde em dado momento, ou quem sabe, por grande parte da existência, segue-se sob efeito de vistas cansadas, perturbadas, embaçadas, sobre si, sobre os semelhantes, e a cerca de tudo.

Lobos e ovelhas, céus e infernos, Messias e Anti Messias, Luz e sombras,

e assim, nos vemos e não nos vemos, limitados no saber de quem realmente somos.

Deuses, demônios?

Temos um corpo altamente sofisticado, de alta tecnologia, capaz de se regenerar, se auto curar, se auto regular, fazer coisas que mais parecem milagres com objetivo único de preservação da vida,

um verdadeiro templo e veículo para nossa consciência e espírito, que mal operado, como o é, ou tem sido, em sua maioria, causam verdadeiros infernos internos, mentais, emocionais, sentimentais, bem como, infernos outros, fora.

Em alguns cultos se ouve “Ele vive e está no meio de nós”,

e se Ele vive e está no meio de nós, como não o enxergamos, não o vemos, não o sentimos, não o ouvimos, não percebemos seu cheiro?

A volta do Que já veio?

O Messias que jaz em nós, este, no túmulo que nos tornamos, e lacramos com as pedras que tem se tornado e sido nossos corações.

E esperamos um tal de arrebatamento, quando não, que Este Messias retorne em uma tal Glória, rodeado de anjos,

do céu azul que vemos dia e noite, à luz do sol, das estrelas e lua.

E é uma chegada que não chega, uma espera que a muitos faz perder a fé, a esperança, pois é crescente a guerra, a violência,

processos de vir a ser, estar, que continuados são, por falta de aplicabilidade do respeito, do amor, da compaixão, do perdão, das reciprocidades de afetos saudáveis e positivos.

Sei lá, céu e inferno, nem sempre pode ser entendido como algo visível aos olhos, esta coisa que chamamos física, na realidade material, não é esta construção de nosso pensar, sentir e agir no mundo?

Fui espírita, fui evangélico, fui católico, e quanto mais me aprofundava, mais e mais me perdia, me via cego, sofrido, surrado, não amado, não querido, cheio de medos e culpa, e mais e mais, me distanciava do que eu acreditava ser, do que esperavam de mim,

pois não tinha como ficar encima do muro, e era confuso, ser e ou não ser, eis a questão,

e viver, era meia vida, e inferno e ranger de dentes já era algo real, um tempo que não passava, uma morte que não via, e o desejo era de adiantá-la.

E esse Messias que não vinha, me perguntava, e este Deus que nos fez e nos abandonou, nos deixou à sorte e ao azar, num viver e ou matar uns aos outros,

e Ele descansou, o outro encheu-nos de esperanças e disse que voltaria e se foi?

Como assim, não disse Ele que o que fizéssemos a um destes pequeninos, não o estaríamos fazendo a Ele,

então como afirmar que ele se foi, ou negar que Ele não vem a cada nascimento de humanos/espirituais,

e se encontra nos já nascidos, já crescidos, estes com os quais dividimos este orbe?

Foram tempos infernais, de inferno, e a paz não se fazia presente nem mesmo durante o sono,

o céu era nublado, dias de chuva constante, e frio, e calor, suores, estado febril de uma mente em inferno astral, numa realidade sulrreal,

onde era peça que não se encaixava, que não encontrava lugar, que não era aceita, não era validada, negligenciada,

e em quem confiar, se até o próprio Deus e Messias tinham-se ido?

Mas não foram, e sempre estiveram, mas nos negaram à existência dos mesmos, negando-nos sermos parte Destes, e Estes, partes Nossa,

um só corpo, um só espírito, embora, individualizados, experienciando, aprendendo, crescendo, evoluindo, progredindo, em expansão ao rumo de infinitas possibilidades.

E me pego pensando, refletido, porque nos acomodamos nas possibilidades de um mundo tanto físico, quanto espiritual, mental, emocional, sentimental, de ação, em dualidades céu e inferno?

Não nos deixaram Eles, à responsabilidade uns dos outros, neste contínuo vir a ser, vir a estar, criar, recriar, construir, desconstruir, reconstruir, e assim ao infinito?

E era para os fortes, mais sábios e inteligentes, zelarem pelos mais fracos, mais humildes e simples, e o que fizeram?

E fui encontrando Deus e enxergando o Messias à medida em que fui me entendendo melhor, me aceitando, acolhendo meus defeitos, minhas sombras, meus medos,

aceitando minhas imperfeições, reconhecendo minhas fraquezas, limitações, vulnerabilidades,

este ser que sou, embora negado por ser quem veio pra ser, em contraposição ao que era imposto pelo mundo.

E o céu vem se fazendo desde então, e acredite, há dentro, todos os sinais previstos no apocalipse acontecendo dentro de mim, desde que pisei neste orbe,

é um atravessar de deserto, sede, fome, feridas, traumas, sentimentos de vazio, de medo, de solidão, de não ter suporte, amigos, com quem contar, como quem morre pregado em uma cruz,

à vista somente Daquele Pai que habita dentro de mim, e antes não percebia, por terem negado o mesmo em mim.

Quanto mais me vem o céu dentro de mim, mais amor, mais acolhimento, menos preconceito, menos discriminação, menos julgamento, menos fardos,

menos condenações, menos punições, e isto, dentro e fora, para comigo e para com os meus semelhantes...

Vejo céus e infernos ainda, em mim, nos outros, e busco ter compaixão,

todos vítimas de um sistema usurpador, entre dominantes e dominados, senhores e escravos,

e o Messias vai retornando aos poucos, à medida que vamos todos, passando por este apocalipse interno, esta convulsão,

confusão, fúria, revolta, transgressão, metamorfose, o recuperar da visão, o discernimento entre as divagações antes impostas por dualidades,

e descobrimos nossa parte lobo, nossa parte ovelha, nossa parte céu, nossa parte inferno, nossa parte Messias, nossa parte anti Messias, nossa parte luz, nossa parte sombra,

e sob força motriz e motivada de nossos ancestrais, diante de tantas contribuições, conhecimentos, ciências, experiências,

vamos sabendo discernir e assim, fazermos melhores escolhas, entre estas tantas possibilidades de variantes consequências pessoais, individuais, subjetivas e coletivas,

em sociedade, em humanidade, de não saudáveis, de doentes, de inverdades, de ódios, de violência, de sobrevida, de miséria, de escassez, de guerra, de barbárie, de exclusão, e de tudo mais infernos,

pelo que entendemos céu, este, do qual fomos postos como responsáveis por construir, não somente em benefício próprio, narcísico, egoísta, mas de uns para com os outros, à partir de si.

Jesus, o Messias, não só veio, como está e continua a vir, e estar, bastando permitirmos o mesmo em nós e em nossos semelhantes,

e escolhermos o céu, este céu, que possui várias moradas e cabem todos, todas, todes.

Por Adalmir Oliveira Campos

Pecado é morte/matar, e fome!

 


O termo/ conceito "pecado", tem sido usado para criar divisões, contendas, preconceitos, discriminação entre as pessoas mundo afora, mundo adentro, em si mesmos.

Se acreditasse no diabo/demônio, da forma como falam do mesmo, acredito que sua maior ferramenta para encher o inferno, seria o "pecado".

O que, a princípio, era entendido como algo errado, ou não seguir o que é proposto, determinado, leis,

tem se tornado, nos dias atuais, uma tática odiosa e desumanizante, que fere várias outras leis, inclusive Universais,

de não matar, de amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesma.

O que mais chama atenção, é o fato de que, os que se dizem do lado certo da força, da santidade, do não erro, é que estão cometendo verdadeiras atrocidades, no desrespeito às leis,

não somente as que dizem ser de Deus, mas também as dos homens, a que se entende mais atualmente, como Constituição e outras, como no nosso caso aqui no Brasil.

Pecado é algo muito subjetivo, e é entendido de várias formas,

e dificilmente, devido as variedades de religiões, seitas, culturas, dogmas religiosos, ideologias, filosofias e ciências, se chegará a um consenso Universal,

ou melhor, que atenda a toda a humanidade, cabendo assim, o respeito às diferenças entre os mais variados cultos e credos.

Diga não à intolerância religiosa, diga sim à vida!

No que entendo, o único pecado que poderíamos considerar Universal,

é o de não preservação da vida (morte e fomes) em todos os seus aspectos, fisiológico/físico, mental, emocional, sentimental, espiritual.

As pessoas entendem morte, como que somente, a morte física, esta que se tira por um acidente, voluntariamente ou involuntariamente, ou melhor, provocado ou não provocado, intencional ou não,

por envenenamento, por armas brancas e de fogo, etc.,

quando na verdade, mata-se por vários outros meios, que fogem à morte que se considera ideal, a natural.

Mata-se, sendo aquele colega de trabalho chato, egoísta, narcisista, que só pensa em si,

na autopromoção e sucesso nas carreiras e nos meios/contextos em que se vive/relaciona,

usando de meios e recursos bárbaros, com requintes de crueldade, seja fisicamente, nas palavras grosseiras, ou linguagem adoecida e violenta,

nas críticas nada construtivas, nas fofocas, na invalidação, nas mentiras, na difamação, no desrespeito, no não amor,

atos falhos, com zero empatia, zero reciprocidade, zero compaixão, zero compreensão e perdão,

num vale tudo para estar no pódio, no quadro de destaque das empresas, pra ganhar a estrelinha ao final da aula, as colunas, as manchetes dos jornais, revistas, meios digitais, o rol da fama, cheios de seguidores, fãs, fiéis, etc..

Morte e fome ao semelhante!

Ansiedade, depressão, transtornos outros, não são mais que doença provocada por este sistema doentio,

onde para se viver, é preciso colocar o outro em sobrevida, ou matar,

é o sistema de selva, de competição, do que vença o mais forte/melhor, o mais preparado, o mais inteligente,

o mais privilegiado, o que mais se desumaniza e perde-se de si próprio, e ao mesmo tempo de sua identidade essência humano/espiritual.

Sociedade/humanidade, é um modelo maior do que entendemos de família, e isto é notório no decorrer da história humana,

uma sequência de reproduções infelizes e nada saudáveis das pequenas famílias (no micro), quando membros destas, se põem em sociedade num agir, ora consciente, ora inconsciente,

em seus processos de vir a ser.

Gerações, após gerações, que se recusam às mudanças, aos processos naturais do vir a ser e estar no mundo, a cada tempo mais saudáveis e felizes, com menos sofrimento, desconfortos e dor,

sejam físicos, mentais, emocionais, sentimentais/psicológicos, espirituais, em reproduções toscas, infelizes, que mais lembram uma mudança de cenários que se faz constante, mas de atores e atrizes, que parecem terem estacionado no tempo,

em eras pregressas, retrógradas, conservadoras, extremistas, onde o que impera, é ainda, a selvageria versus civilização.

Pecado se resume em não matar, em não deixar-se a si e ao semelhante com fome,

como todas as leis se resumem em amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmas, ou ainda, em atualizando esta última, buscar a amar a si mesmo, para também aprender a amar ao próximo, como a si mesmo,

pois o que se vê, são pessoas feridas, não amadas, cheias de traumas, feito armas carregadas a fazer guerra com seus semelhantes,

guerras estas, que tem raiz em si mesmas, nas pequenas mortes e fome dentro de si, nesta subjetividade não aceita, não validada, não respeitada, não querida, não amada, não alimentada, desnutrida de tanto, ou que se sente assim por algum motivo, com certeza, válidos.

Entendermos melhor sobre conceitos de céu e inferno, de pecado e não pecado, é entendermos melhor sobre nós mesmos, sobre nossa própria essência e subjetividade, e como temos nos posicionado no mundo, em nossas relações conosco mesmo, e com nossos semelhantes,

se são geradoras de consequências positivas saudáveis de vida, céu e saciedade, ou se são geradoras de consequências negativas e insalubres de sobrevida, fome, morte e infernos.

Onde é bom lembrarmos sempre, que não há melhores e nem piores, mais fortes ou mais fracos, mais inteligentes ou menos inteligentes, mais capazes ou menos capazes,

estamos todos em um orbe, onde as energias que circundam e englobam o mesmo são semelhantes,

cheios de dualidades, e nos cabe a todos entendermos a importância de qual lado da força nos posicionarmos, agirmos, tanto para conosco, tanto quanto, para com nossos semelhantes,

com entendimentos de que, sofremos todos, ou não sofremos, diante das ações individuais e coletivas.

Pecado é matar, é deixar com fome, e morte e fome, deve ser a nossa prioridade no que se refere ao que devemos ter como missão de vida, em combater, pois nosso céu e ou nosso inferno, a partir da atual existência, dependem disto.

Por Adalmir Oliveira Campos

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