Quando estudava os livros elencados/codificados por Allan Kardec,
mais conhecidos pela doutrina espírita,
o que mais me dava gosto, é que o mesmo dizia que medicina, ciência, religião e a própria doutrina espírita, bem como o conhecimento de um modo em geral,
e evolução destes,
deveriam andar de mãos dadas, seguindo o fluxo do vir a ser, à medida em que se abrisse ao entendimento nestas diversas áreas/campos no físico e no metafísico.
Mas, na prática, tomou-se outros rumos, ao menos, muito indica que sim,
principalmente no que tange o cuidado e tratamento de doenças psiquiátricas/mentais/emocionais,
mais especificamente, no que se trata este texto que se desenrola.
Fica a questão, em se falando de doenças físicas, mentais/emocionais, até que ponto é espiritual, e até que ponto é físico?
A neurociências, psiquiatria, campos da filosofia, psicologia e outros,
avançaram muito nas últimas décadas, e ao que parece, as religiões mais conservadoras, o que aqui, inclui-se vertentes do espiritismo e espiritualistas,
não tem acompanhado este processo, na busca de aliar tais avanços às suas doutrinas, o que,
tal descuido, tem gerado muito sofrimento psíquico emocional em muitos, se não, grande maioria de seus adeptos.
O que leva a muitos, a desacreditarem, perderem a fé, se afastarem por verem suas dores sendo invalidadas, e tido como frescuras.
O que se vê/percebe, é uma busca de tratamento e cura, somente nos campos da espiritualidade, no desenvolvimento mediúnico,
em trabalhos específicos nas casas espíritas e templos religiosos,
mas, somente tal procedimento tem sido suficiente?
Escrevo aqui, por experiência própria, pois muito do que se diz por sofrimento passados por cármicos, sob leis de causa e efeito,
na verdade, foram passados por descuidos, por falta de orientação, por falta de se creditar à própria ciência e outros,
dando a devida atenção e importância, agregando os mesmos nos processos de tratamento e cura.
Uma vez que as doenças se manifestaram no campo físico, quer queira ou não, necessitam de tratamento no campo físico,
e para tanto, vê-se a necessidade de recorrer à medicina tradicional e medicações por estas orientadas.
Devido ao que se diz deste período de transição planetária,
muitas pessoas tem sentido efeitos em seus corpos, dos mais sutis ao mais densos (corpo humano),
e estes efeitos, são geralmente, ligados à mente, pensamentos, emoções,
o que interfere nos modos de se perceber, de perceber o meio e pessoas com quem se convive e experiencia a existência,
influenciando nas relações pessoais e interpessoais, bem como, no agir e reagir nestas mesmas relações.
A química do corpo, tem sido, de certa forma, impactada, gerando estados de ansiedade, humor deprimido,
tristeza sem causa aparente, dores físicas (musculares, juntas, etc.), medo, crises de pânico, sensações de insegurança,
ativando transtornos mentais/emocionais, e de personalidade, e outros,
em predispostos geneticamente, e pelo meio e pessoas em quem convivem desde a mais tenra idade,
como depressão, ansiedade, fobias, esquizofrenia, bipolaridade, borderline, narcisismo, psicopatia, etc.,
influenciados por esta ebulição transacional e transformacional.
Sendo estes, em maior ocorrência nas últimas décadas!
Estamos falando de corpos densos e sutis, claro que, ocorrem por enes fatores,
genéticos/físicos e espirituais, influência de obsessores, e ou espíritos além morte,
desnorteados e confusos com o desligamento da matéria,
e por não terem adquirido conhecimentos satisfatórios a respeito anteriormente, sofrem e “fazem sofrer”, aos quais se ligam de algum modo,
mas será possível tratar, somente no campo da espiritualidade, e com recursos desta mesma espiritualidade?
Para os desencarnados, acredito que sim, mas para os encarnados, acredito que não,
e é sabido que advirão ocasiões/situações a cada tempo mais desafiadoras,
neste transitar já iniciado, de planeta de provas e expiações, para um planeta de regeneração,
mas precisam todos, sofrerem as dores de parto, os rangeres de dentes, e tudo o mais,
antes, prenunciado, quando não se tinha os conhecimentos, ferramentas, recursos que se têm hoje?
A mesma linguagem de Kardec e outros, valem totalmente, sem modificações e acréscimos aos desafios da atualidade?
São assim, atemporais, como o é a lei de amor?
Deixar sofrer, seria o mesmo que “fazer” a lei do carma ou de ação e reação, causa e efeito serem postas em ação?
Não seria contrário aos evangelhos?
Seria esta, uma verdadeira vontade de um pai amoroso, que como mãe, dá à luz, acolhe, nutre, cativa, ama, educa
e põe pra vida seus filhos, feitos à sua imagem e semelhança?
A medicina em tal estágio evolucional, não estaria assim, preparada para auxiliar neste processo transicional,
com o menos dores física, psíquica, mental, dos pensamentos e sentimental possível?
Infelizmente, muitas pessoas entendem que são sofrimentos necessários,
que não se deve medicar, e somente trabalhar na causa, exercer a mediunidade, aguentar tudo, sendo forte e resiliente, que a "cura e transformação/metamorfose acontece."
Mas, precisamos todos, sofrermos os efeitos negativos/colaterais, desta metamorfose humano espiritual em massa pela qual temos passado, sem um tratamento físico/medicamentoso?
Em si, temos sido humanos e espiritualizados, em permitir a dor a si próprios e aos semelhantes, por negarmos a ciência,
a eficácia da medicina, medicamentos e outros?
Esta resistência em aliar medicina, medicação, ciência e espiritualidade, leva a muitos,
a estarem em sofrimento desnecessário, vivendo em verdadeiros infernos “astrais”, mentais, no pensamento, nas emoções,
e o pior, longe do convívio social, pois estas doenças, levam a este distanciamento e isolamento, naturalmente.
Eu acredito que como somos parte humano, parte espírito, devemos ser tratados e cuidados com base nestes estados corpo e espírito, e você, o que pensa a respeito?
Por Adalmir Oliveira Campos
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