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terça-feira, 13 de junho de 2023

A volta do Que já veio?

 


Muito se fala da volta de Jesus, considerado por alguns, um grande Profeta, por outros, o próprio Deus e ainda, Filho Deste.

Desenham esta volta seguindo literalmente preceitos bíblicos, entendimentos outros, oriundos de interpretações de textos, histórias passadas de geração a geração, cheios de mensagens subliminares, metafóricas,

que exigem, pelo que expressam, grande conhecimento e sabedoria, ao passo que o próprio Messias, falava de modo simples, ao ponto de as crianças entenderem,

pois tais conhecimentos, vão ao encontro de o que as assemelham, e herdariam estes, os reinos dos céus,

e são muitas moradas, dizia o Mestre.

E Ele foi para nos preparar!

Vivemos em um mundo, onde a linguagem esclarece, mas também confunde, libertam, mas também aliena, tiram as escamas das vistas, mas também as coloca, trás verdades, mas também as encobre, mostra a realidade, mas também a falseia,

Viver neste plano, é como viver sob o efeito do ópio, sob o efeito de ilusões, meio que atordoados por magia, por obsessões outras que entremeiam o ser e não ser, eis a questão!

E esta neblina existencial densa, nos mantém no que chamam piloto automático, uma meia vida, uma vida morna,

onde em dado momento, ou quem sabe, por grande parte da existência, segue-se sob efeito de vistas cansadas, perturbadas, embaçadas, sobre si, sobre os semelhantes, e a cerca de tudo.

Lobos e ovelhas, céus e infernos, Messias e Anti Messias, Luz e sombras,

e assim, nos vemos e não nos vemos, limitados no saber de quem realmente somos.

Deuses, demônios?

Temos um corpo altamente sofisticado, de alta tecnologia, capaz de se regenerar, se auto curar, se auto regular, fazer coisas que mais parecem milagres com objetivo único de preservação da vida,

um verdadeiro templo e veículo para nossa consciência e espírito, que mal operado, como o é, ou tem sido, em sua maioria, causam verdadeiros infernos internos, mentais, emocionais, sentimentais, bem como, infernos outros, fora.

Em alguns cultos se ouve “Ele vive e está no meio de nós”,

e se Ele vive e está no meio de nós, como não o enxergamos, não o vemos, não o sentimos, não o ouvimos, não percebemos seu cheiro?

A volta do Que já veio?

O Messias que jaz em nós, este, no túmulo que nos tornamos, e lacramos com as pedras que tem se tornado e sido nossos corações.

E esperamos um tal de arrebatamento, quando não, que Este Messias retorne em uma tal Glória, rodeado de anjos,

do céu azul que vemos dia e noite, à luz do sol, das estrelas e lua.

E é uma chegada que não chega, uma espera que a muitos faz perder a fé, a esperança, pois é crescente a guerra, a violência,

processos de vir a ser, estar, que continuados são, por falta de aplicabilidade do respeito, do amor, da compaixão, do perdão, das reciprocidades de afetos saudáveis e positivos.

Sei lá, céu e inferno, nem sempre pode ser entendido como algo visível aos olhos, esta coisa que chamamos física, na realidade material, não é esta construção de nosso pensar, sentir e agir no mundo?

Fui espírita, fui evangélico, fui católico, e quanto mais me aprofundava, mais e mais me perdia, me via cego, sofrido, surrado, não amado, não querido, cheio de medos e culpa, e mais e mais, me distanciava do que eu acreditava ser, do que esperavam de mim,

pois não tinha como ficar encima do muro, e era confuso, ser e ou não ser, eis a questão,

e viver, era meia vida, e inferno e ranger de dentes já era algo real, um tempo que não passava, uma morte que não via, e o desejo era de adiantá-la.

E esse Messias que não vinha, me perguntava, e este Deus que nos fez e nos abandonou, nos deixou à sorte e ao azar, num viver e ou matar uns aos outros,

e Ele descansou, o outro encheu-nos de esperanças e disse que voltaria e se foi?

Como assim, não disse Ele que o que fizéssemos a um destes pequeninos, não o estaríamos fazendo a Ele,

então como afirmar que ele se foi, ou negar que Ele não vem a cada nascimento de humanos/espirituais,

e se encontra nos já nascidos, já crescidos, estes com os quais dividimos este orbe?

Foram tempos infernais, de inferno, e a paz não se fazia presente nem mesmo durante o sono,

o céu era nublado, dias de chuva constante, e frio, e calor, suores, estado febril de uma mente em inferno astral, numa realidade sulrreal,

onde era peça que não se encaixava, que não encontrava lugar, que não era aceita, não era validada, negligenciada,

e em quem confiar, se até o próprio Deus e Messias tinham-se ido?

Mas não foram, e sempre estiveram, mas nos negaram à existência dos mesmos, negando-nos sermos parte Destes, e Estes, partes Nossa,

um só corpo, um só espírito, embora, individualizados, experienciando, aprendendo, crescendo, evoluindo, progredindo, em expansão ao rumo de infinitas possibilidades.

E me pego pensando, refletido, porque nos acomodamos nas possibilidades de um mundo tanto físico, quanto espiritual, mental, emocional, sentimental, de ação, em dualidades céu e inferno?

Não nos deixaram Eles, à responsabilidade uns dos outros, neste contínuo vir a ser, vir a estar, criar, recriar, construir, desconstruir, reconstruir, e assim ao infinito?

E era para os fortes, mais sábios e inteligentes, zelarem pelos mais fracos, mais humildes e simples, e o que fizeram?

E fui encontrando Deus e enxergando o Messias à medida em que fui me entendendo melhor, me aceitando, acolhendo meus defeitos, minhas sombras, meus medos,

aceitando minhas imperfeições, reconhecendo minhas fraquezas, limitações, vulnerabilidades,

este ser que sou, embora negado por ser quem veio pra ser, em contraposição ao que era imposto pelo mundo.

E o céu vem se fazendo desde então, e acredite, há dentro, todos os sinais previstos no apocalipse acontecendo dentro de mim, desde que pisei neste orbe,

é um atravessar de deserto, sede, fome, feridas, traumas, sentimentos de vazio, de medo, de solidão, de não ter suporte, amigos, com quem contar, como quem morre pregado em uma cruz,

à vista somente Daquele Pai que habita dentro de mim, e antes não percebia, por terem negado o mesmo em mim.

Quanto mais me vem o céu dentro de mim, mais amor, mais acolhimento, menos preconceito, menos discriminação, menos julgamento, menos fardos,

menos condenações, menos punições, e isto, dentro e fora, para comigo e para com os meus semelhantes...

Vejo céus e infernos ainda, em mim, nos outros, e busco ter compaixão,

todos vítimas de um sistema usurpador, entre dominantes e dominados, senhores e escravos,

e o Messias vai retornando aos poucos, à medida que vamos todos, passando por este apocalipse interno, esta convulsão,

confusão, fúria, revolta, transgressão, metamorfose, o recuperar da visão, o discernimento entre as divagações antes impostas por dualidades,

e descobrimos nossa parte lobo, nossa parte ovelha, nossa parte céu, nossa parte inferno, nossa parte Messias, nossa parte anti Messias, nossa parte luz, nossa parte sombra,

e sob força motriz e motivada de nossos ancestrais, diante de tantas contribuições, conhecimentos, ciências, experiências,

vamos sabendo discernir e assim, fazermos melhores escolhas, entre estas tantas possibilidades de variantes consequências pessoais, individuais, subjetivas e coletivas,

em sociedade, em humanidade, de não saudáveis, de doentes, de inverdades, de ódios, de violência, de sobrevida, de miséria, de escassez, de guerra, de barbárie, de exclusão, e de tudo mais infernos,

pelo que entendemos céu, este, do qual fomos postos como responsáveis por construir, não somente em benefício próprio, narcísico, egoísta, mas de uns para com os outros, à partir de si.

Jesus, o Messias, não só veio, como está e continua a vir, e estar, bastando permitirmos o mesmo em nós e em nossos semelhantes,

e escolhermos o céu, este céu, que possui várias moradas e cabem todos, todas, todes.

Por Adalmir Oliveira Campos

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