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segunda-feira, 26 de junho de 2023

Transformações espirituais e humanas, não dá pra levar ou manter em um pote em conserva.

 


A gente compra muitas coisas em conserva, não é verdade?

É um método bem eficaz, da qual a indústria alimentícia se utiliza para conservar certos alimentos, dentre frutos e outros,

em alguns, preservando o gosto original, em outros, acentuando ou acrescentando sabores,

pena que, em sua maioria, com corantes e outros conservantes químicos, para conservarem estes alimentos (e não alimentos) um pouco mais

e suportarem as gôndolas dos supermercados até chegarem às nossas casas e serem consumidas.

A cada tempo, vemos mais e mais médicos, nutrólogos, nutricionistas, estudiosos e profissionais, outros,

a indicar o famoso “descascar mais, desembalar/desembrulhar menos”,

visto que, tudo o que é natural, colhido e usado em tempo, é mais saudável, e faz mais bem à saúde animal/humana/espiritual.

O fruto que cai do pé, ou os retiramos quando vemos que estão no ponto, as verduras cultivadas na própria horta,

hoje, inclusive, existem várias em apartamentos, e em pequenos espaços,

ganham a cada tempo, mais adeptos e se tornam mais frequentes nas mesas daqueles que buscam uma melhor qualidade de vida.

Antigamente, era bem assim, embora, não entendo muito bem, costumes saudáveis tem sido deixados de lado,

e outros, insalubres, tem sido continuados, inclusive alimentos outros da fé, da religião, da política, das crenças, dos padrões e leis tidas como espirituais e humanas.

E são tantas as fomes espirituais e humanas, não é verdade?

Toda conserva, tem sua data de validade, e chega o tempo em que, se não for consumida, tem-se que jogar fora, descartar,

e assim, também, são questões outras, abordadas nos parágrafos anteriores, tudo tem o seu tempo, são pensadas, elaboradas, construídas, feito o uso, e com o passar do tempo, com as dinâmicas postas pela própria existência, transformações, novos conhecimentos, evolução, progresso,

vão perdendo a essência, a força, a fluidez, o viço, a importância, o que pede serem repensados, reelaborações, reconstruções, ressignificações,

que permitam, novamente, continuidades mais felizes e saudáveis.

Há, dentre estas questões abordadas, algumas que precisam ser feitas novas sempre,

pois não podem ser conservadas, e querer negar estas realidades/verdades, é colocar muito a perder, e impedir ou atrasar/estagnar progressos, evolução e transformações humanos/espirituais.

Existe um terreno, foram colocadas sementes, estas, se desenvolveram, deram frutos,

dentre estes frutos, alguns abortaram, outros foram colhidos verdes, outros colhidos no ponto, alguns postos em conserva, outros, consumidos em tempo, in natura,

ambos, seguiram suas finalidades, cumpriram seus papéis, deram sombra, foram abrigo, alimentaram pessoas, foram feitos matérias primas, recursos outros,

vindo a se transformarem, visto que, na natureza, seja ela física ou etérea, nada se perde, e tudo se transforma,

e outras, deixaram sementes, e estas, sofrem influências diante das variáveis do terreno, intempéries do tempo/natureza, clima, mudanças estruturais terrenas, cuidados e manejo, novas tecnologias e ciências, etc..

Falar de desenvolvimento humano e espiritual, e conservadorismo, não difere muito do que foi abordado no início deste texto, até o parágrafo anterior, isso, quando falamos de moral, ética, leis, crenças, valores, costumes, conceitos, etc..

Nada dura para sempre, mas se transformam, ocasionando resultantes saudáveis e ou menos saudáveis, a depender de como foram conduzidas, se no amor ou no não amor.

As coisas, não sendo as que consideramos Universais, Atemporais,

tendem a dar errado se mantidas conservadas, impedidas de se transformarem, nos contínuos vir a ser,

como que, se o tempo e a vida, não sofressem transformações, bem como os seres humanos/espirituais que somos, estamos e vamos nos tornando a cada época.

Claro que, o que deu certo, é saudável, aplicável ao todo, sem ferir o indivíduo e sua subjetividade humano/espiritual, liberdade, devem ser continuados,

e o que provoca morte, escassez, estagnação, sobrevida, preconceito, discriminação, exclusão, julgamento, condenação, punição, devem ser revistos, desconstruídos, ressignificados,

e através de experiências/vivências nas relações, a cada tempo mais adequadas e saudáveis, serem reconstruídas,

provocando continuidades mais felizes, prósperas na busca de integração, abarcando o Todo, este, do qual, fazemos parte, de um modo mais humanizado/espiritualizado, e focado na promoção da vida em toda a sua magnitude.

Transformações espirituais e humanas são constantes, não dá pra levar num ponte em conserva.

Por Adalmir Oliveira Campos

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