Os transtornos mentais e de personalidade, tão presentes nos atuais contextos em que vivemos na atualidade, acredito, possuem seu lado bom, positivo e saudável,
é um chamado a uma parada obrigatória, como uma medida protetiva indicando que é preciso ir além das buscas materiais, externas,
nesta felicidade, que por mais que tenham tentado nos induzir a acreditar, não é possível fora, pois fora, nada mais é do que o reflexo interno, da essência e inteireza que compõem cada ser.
É um convite a revisarmos o atual Status Quo, ou o sistema (as) que tem conduzido a humanidade desde se início, um indício de que tais condições de vida propostos, são insalubres e chegam a um momento que já não é mais possível sustentar.
Sabe o copo cheio? É sinal que já está transbordando a um bom tempo!
Deprimir-se, ter ataques de ansiedade, de pânico, dores outras, são os últimos gritos do Espírito encarnado,
para que este, volte o olhar para dentro, para a cura e transformações que se fazem necessárias, exigências do novo mundo que desponta,
como luz ao final do túnel, num derradeiro convite a deixar essa era de trevas, medo, culpa, vergonha, barbárie e morte para trás.
Depressão, é esta lombada no caminho dos seres humanos/espirituais em metamorfose, transição necessária para um viver mais etéreo, de fardos aliviados, convivência saudáveis e fraternas,
onde a inimizade, o desamor, o ódio, as competições, desavenças, rixas, contradições, egos inflados, etc.,
passam por uma depuração no íntimo, permitindo aflorar as essências que são e tem sido negadas desde sempre, por um Status Quo conservado a pão e circo,
num morde e assopra, num modo operante de massas teleguiadas por mentes perversas em uso da coletividade em benefícios próprios.
As facilidades do mundo moderno, ao contrário do que muitos pensam, só nos afastam de nós mesmos, de nossa essência e uns dos outros em suas essências,
um tudo à mão, embalado em plásticos, em descartáveis, em processos instantâneos, cuja mágica ilusória, não permite ver e enxergar, que são iscas, migalhas, que faz ver sobrevida, trabalho escravo, vida corrida e ocupada, falta de tempo de qualidade,
como uma vida maravilhosa, onde as conquistas materiais definem idas ou não idas a céus e infernos por eles desenhados.
Vencer na vida, vai muito além do que nos aconselham, do que nos levam a crer!
Vencer na vida, é esse apaziguar interno, este sentido de saciedade, de vazios preenchidos, que cheiram a relações e convivências saudáveis e benéficas, regadas a comunicação, trocas, cativares, afetos tão saudáveis e benéficos quanto.
Céu, é parar o tempo num sorriso largo, num acompanhar de perto o crescimento e evolução dos filhos,
é lamber a vasilha onde bateu-se a massa de bolo, é sentir cheiro de pães de queijo quentinho, café coado, alumínio brilhando no giral, fogo acesso no fogão à lenha,
estes convites para fazer pamonha, sentar-se à beira do fogão, pessoas nas calçadas a conversar coisas que dão prazer à luz das estrelas, um viver sem estas preocupações de ter que fazer por onde para não passar fome.
Céu é um ouvir calmo dentro, em si, no outro, do outro, uns aos outros...
Se é por meritocracia, como dizem, porque somente os donos das fábricas, da indústria, esse tal mercado, é que enricam a louros lucros?
A fome, nada mais gera, que mais fome, pois é um aumento de apetite que não cessa, uma falta que chama falta.
Não é que no mundo tem gente demais, que falta alimento, que falta isso e aquilo,
é que uma educação baseada em escassez, faz pessoas irem e virem como quem anda em um supermercado, ou praça de alimentação e shoppings com muita fome.
Nessa seara gigantesca conhecida como Universo, tem quem fala demais de evangelho, de demônios, de céu e inferno, de finais dos tempos, de desgraças apocalípticas e abastecem o caos como quem apaga incêndios com gasolina.
Muitos que se dizem seareiros de Cristo, não passam de ceifeiros, anjos da morte num impor de suas justiças injustas,
num descaracterizar e desumanizar/desespiritualizar, tendo como pautas, crenças, regras, leis, costumes, dogmas de morte, por verem seus semelhantes como raças inferiores,
ou ainda, por não cultuarem o mesmo Deus e professarem uma mesma fé, dentre outros disparates, que dizem serem orientações de livros sagrados escritos pela própria Divindade.
Estes seres que se acham incorruptíveis, perfeitos em se comparando aos demais, sempre fortes, sempre à frente, santos e heróis,
se veem nus, quando a conta chega, se veem sozinhos como um cão abandonado implorando por asilo e acolhimento, e a manifestação da vulnerabilidade, a queda do ego, é o que realmente os/nos aproxima de Deus.
Têm-se, muitos, feito torres de Babel em si próprios, em comunicações não saudáveis, não compreensíveis, num isolar dos demais, visto de cima,
e a queda, é a salvação que leva de volta aos céus que vos tem sido preparados desde sempre, faltando-lhes apenas, as vestes apropriadas, fiadas e tecidas sob fios sutis reverberados no Amor Universal.
O maior motivo de queda, é crer-se salvo e desejar a queda e inferno ao outro, e mais ainda, de se fazer semeador de quedas, em ações onde o Ego afirma serem possuidores, ou ainda, em condições de poder e propriedade para julgar, sentenciar e punir os semelhantes.
E amar, inclusive aos inimigos, onde fica tal mandamento?
Não amam, também os seus, e não os defendem, os maus?
Amar quem ama a gente, quem puxa saco, quem bajula, quem elogia, quem está sempre ali quando se precisa, é muito fácil, difícil, é amar os que nos perseguem nos desertos impostos por estes mundos que insistem em manterem inferiores.
A lagarta encerra seu ciclo, neste deprimir-se em um casulo, neste estado ansioso da espera do que virá, e nem sempre isto significa que foi uma lagarta má, ou boa,
visto que, estão todos inseridos em contextos semelhantes, e tanto um quanto o outro, são mestres e alunos ao mesmo tempo, o que não se deve fazer, e o que, infelizmente muito o fazem,
é querer impedir ao outro a saída do casulo, o voo, por achar que estes não são dignos, mais ainda, quando parecem estar um passo à frente, não querem, estes, saírem como perdedores ou os últimos da fila.
Passar pelo casulo, é arriscar chegar ao outro lado diferente do estado atual, é se permitir transformar, deixar de rastejar e alcançar o céu.
O voo, quer queiram, quer não, é para todos, seja nesta ou em outras "dimensões."
Por Adalmir Oliveira Campos
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