Penso absurdamente o contrário do que afirmam certas ceitas e religiões acerca dos fins dos tempos.
A tendência não é melhorar, geração após geração?
Tanto investimento em inovação, progresso, reformas íntimas, buscas de transformações em si, coletivas,
de seres a cada tempo mais humanos e humanizados/espiritualizados para dar um fim de jogo, um vai pro céu ou pro inferno?
Não acredito neste Deus contraditório que pregam!
Ele é justo, com certeza, mas um Deus, não poderia criar outras maneiras para exercer sua justiça sem essa pedagogia infeliz de céu e inferno?
Eu acredito que sim, pois não acreditasse, pecaria muito, indo além de meus questionamentos.
Falam de livros sagrados e ao invés de aliviarem fardos, aumentam os mesmos,
chegando, às últimas décadas, a níveis alarmantes de pessoas com transtornos de ansiedade, depressão, síndromes outras, e recordes de suicídios, e dizem que a culpa é toda deles, mas como assim?
Quem imputa a culpa, medo e vergonha?
Cristo, com certeza não, não este Cristo Vivo, além das más interpretações de sua vida e legado.
Viver tem sido mais que um ato de coragem, tem sido sobreviver em meio a enigmas, metáforas,
um desvendar de charadas, questões matemáticas, segredos...
para talvez, num último ato de desespero antes do fim a que a humanidade "está destinada", serem recompensados, como dizem.
Ludibriam o povo (as massas), fazem-na de fantoche, exploram,
sugam toda energia e força vital, suas capacidades criativas, construtivas, laborais, e depois, quando aparentemente, não tem nada a oferecer, abandonam como trapo velho, sem valor e dignidade.
Viver é algo mais simples, felicidade são cotidianos descomplicados, amistosos, solidários, vias de mão dupla em aplicação de afetos e cuidados positivos e saudáveis.
Como cobrar daquilo que não se ensinou, do que teve que aprender às duras penas de sobrevida?
Não fecha, as contas não batem!
Falam muito de Cristo e de Anti Cristo
e saem metralhando a torto e a direito tendo como base, conceitos moldados/forjados em conhecimentos e experiências que não seguiram os processos evolucionais e transformacionais no decorrer da história humana/espiritual conhecida.
Somos Cristos, agimos como seguidores de Cristo, Cristãos, ou estamos agindo como o Anti Cristo?
É preciso entendermos o que é um, e o que é o outro, para sabermos se estamos nos caminhos e verdades de um, ou de outro, nos descaminhos e inverdades travestidas de verdades.
Necessário entender os atributos/qualidades de um e de outro,
Pois, uma não compreensão conceitual e prática destes atributos/qualidades, pode nos levar a nos percebermos em dado momento servindo a um senhor, que não é o Senhor.
Quantos por aí, não andam falando em nome de Cristo, mas numa linguagem que foge ao Cristo, revela o próprio Anti Cristo em seu viver nos diversos contextos em que participa cotidianamente?
Cristo, tem como princípios o amor, a compaixão, o não julgamento, o perdão, o acolhimento, a validação, a aceitação, a caridade, o respeito, à renovação, à transformação,
os afetos positivos, à linguagens, pensar e agir saudáveis,
salvação, união, comunhão, partilha, reciprocidade...
E o anti Cristo? Totalmente o oposto, aí, fica a questão, a quem temos servido?
Temos servido, infelizmente, ao que temos sido ensinados através de cuidados, atenção, afetos, cativares e educação insalubres,
cheios de vícios, de crenças limitantes, dogmas, preconceitos, estereótipos e outros, causa de tantos infortúnios, violência e barbárie mundo afora.
Cabe às novas gerações romperem com os velhos ciclos, despirem-se das velhas roupagens, se abrirem às exigências as quais o novo mundo nos convida, o de sermos nós mesmos, sem a hipocrisia até então imposta e aceita.
A verdade, é que o Cristo e o Anti Cristo, estão aí, em você, aqui, em mim, em todos nós, e passarmos para a próxima fase da humanidade, requer de nós um escolha pessoal, de fazer frutificar um ou outro em nosso pensar, sentir e agir...
Justiça será feita, alguns serão convidados a permanecerem, outros, a se retirarem, felizmente, existem várias moradas sendo preparadas, e ao tempo de cada um, as condições hão de melhorar, enquanto isto, busque ser sua melhor versão,
só não perca seu tempo tentando provar isso, de ser o melhor, nem se coloque em competição com seu semelhante, uma boa caminhada, se faz bem acompanhado, sejamos esta boa companhia, ser Cristão não é sobre ser de bem, é sobre ser bom.
Por Adalmir Oliveira Campos
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