Muitos se perguntam sobre missão, sobre propósito de vida, o porque desta esta existência.
Diante dos atuais conhecimentos, das ciências, da psiquiatria, neurociências, psicologia, e conhecimentos outros,
ao que dá a entender, é que, é sobre entender-se um ser amado, aceito, acolhido, validado, livre das amarras e pesos carregados de geração a geração.
Geralmente, as feridas e traumas acontecem desde o ventre e durante a formação da personalidade, da mente das crianças,
o que define boa parte de seu funcionamento posterior,
se saudável para si e nas relações com os semelhantes, ou se insalubre.
(O que, acredito, não tem muito em haver com vida/existência pregressa)
Na infância, acontece o que define o céu ou o inferno das pessoas em vida,
e se, não superados e ressignificados na fase adulta, será uma condição a ser arrastada geração após geração,
em promoção da vida, ou da não vida, seja espiritual (consciência não encarnada) ou humana (consciência encarnada).
Complexo não?
Mas na simplicidade das crianças, amar é coisa básica, natural,
que os adultos não saudáveis, complicam em criação de leis, regras, dogmas, convenções sociais e outras que rompem com este ciclo, tornando-o confuso, desfocado, meio que irreal,
cheio de névoas e escamas que impedem a verdadeira essência dos seres espirituais/humanos de se manifestarem, em sua pureza e inocência e ingenuidade, livre dos preconceitos e atos discriminatórios, criações socioculturais, etc..
Amor e ódio, acolhimento e não acolhimento, validação e não validação, perdão e não perdão, culpa e ou responsabilidade, cura ou doença, fardo ou leveza,
são aprendizados construídos desde a concepção do ser, nas fases pregressas e continuadas deste vir a ser e estar no mundo,
seja físico material, ou extra físico/imaterial/espiritual.
É uma vida toda em uma busca do que parece não ter fim, quando na verdade, abriu-se mão das possibilidades de cura e consciência dentro.
Nosso maior propósito e missão, é se descobrir e descobrir o outro,
como estes seres amados, aceitos, queridos, validados, incluídos, integrados, perdoados, que somos,
e fomos usurpados a milênios, sequestrados nestes vir a ser e estar, que nos eleva à categoria de semelhantes, de irmandade, de Família Universal que somos,
e até então, desconhecemos e ou ignoramos, por vários motivos, sendo um deles, uma construção distorcida da realidade, de situações de miséria, de sobrevida, de castas, de classes, de separatismo,
de desumanização, de despersonalização do humano espiritual em sociedade, em humanidade.
Desde a mais tenra idade aprendemos que somos culpados, culpados por nascer, um pecado original, algo que nos torna indignos do Amor do Pai, e quão grande é este peso, este fardo?
É tão grande esta culpa, que muitos passam toda uma existência rastejando, não suportando o peso desta culpa e vergonha,
de não ser digno, de não pertencer, de não fazer parte, sujeitando-se como escravos, a punições em busca de redenção por tanto pecado,
aceitando misérias, e condições inadequadas a herdeiros de um Pai e Criador de tudo, de todos nós, universo e a terra que habitamos, como que punição por ser um ser desforme, a qual foram ensinados/doutrinados, adestrados a serem.
Esta culpa, medo, vergonha, nos coloca em condições de mendigos universais, aceitando vidas indignas, miseráveis, migalhas de amor e afeto,
onde dor e sofrimento são aceitos como processos naturais de vir a ser e estar no mundo, como que,
sobrevivendo assim, o céu seja uma garantia, um prato cheio para usurpadores da fé e de sistemas escravocratas, classes dominantes exercendo poder sobre classes dominadas,
num tudo bem, que de bem e bom não tem nada!
Sair deste emaranhado é muito difícil, pois é um aprendizado, é uma crença, doutrinação, ensinamentos, conselhos, hábitos, costumes, cultura, leis...
Amar-se, sentir-se perdoado, querido, validado, amado, respeitado, pertencente, peça que se encaixa,
não importando às imperfeições que nos impõem, seja pelo próximo, seja por si mesmo, acredito,
seja nossa maior missão e propósito de vida, e não é fácil!
Amor e amar não é nada fácil e ninguém disse que seria, não é verdade?
Mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, dizem!
Somos filhos pródigos numa viagem de retorno a nós mesmos,
ao Pai, ao Universo, como herdeiros que somos, e ainda há tanta dúvida em relação a isto não é verdade?
E seguimos, nestas autodescobertas, neste preencher de vazios que nos trás entendimento, sentido,
ser e vir a ser que nos leve a sentir parte, sem medo de perder este lugar que já nos foi garantido, mas que o mundo insiste em nos colocar em dúvida.
Por Adalmir Oliveira Campos
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