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terça-feira, 20 de junho de 2023

Propósito e missão, ou é benção, ou é maldição.

 


Tem muita gente hoje em dia falando de propósito, falando de missão,

de certo modo, é louvável, demonstra um desejo de deixar um legado que oportunize um mundo e pessoas melhores,

mas diante de tanto, precisamos questionar se estes propósitos estão de acordo e alinhados a ideologias, seguimentos, intenções, projetos, sonhos, crenças, leis, etc.,(saudáveis, universalizados, humanizados, espiritualizados)

e se realmente contribuem positivamente para as gerações futuras em seus processos de vir a ser e estar no mundo,

e de mundo, sociedade que atenda às reais necessidades, tanto individuais e subjetivas, quanto as coletivas nos diversos segmentos e contextos em que se encontram, passam, ou fazem parte!

Missão e propósito, ou são bençãos, ou são maldições.

Acredito que, embora se use muito os termos “pastor e ovelhas” em livros sagrados, estes “profetas”, não visavam fortalecer sistemas de castas ou classes, construção de cercadinhos, ou tribos, ou bolhas,

mas, uma busca de desenvolverem uma linguagem Universal que abrangesse o todo humano, material/físico/espiritual, de um modo mais alinhado, saudável, livre de parâmetros, diretrizes, leis, e outros, discriminatórios e excludentes,

em respeito às essências, individualidade e subjetividades humano/espirituais e preservação, continuidade da vida, num todo integrado, livre de exclusão, de julgamentos, de condenações, visto que, todos falavam de amor, de não deixar ninguém para trás.

Há, nos dias atuais, muita ajuda não solicitada, que embora inspirem pessoas a uma vida tida como mais próspera, feliz, abundante,

não passam de charlatanismo, uma busca de satisfação das próprias necessidades, alimentação do Ego,

uma busca de se destacar na multidão, mesmo que, às custas do que, a longo prazo, pode colocar não só o humano/espiritual a se perder, bem como, as condições de vida em todo o planeta, o qual, ora habitamos.

Até as minhocas, em um minhocario, em dado momento, parecem ser mais “inteligentes” que os humanos,

dito que, buscam preservar a espécie como um todo integrado, dividem sua alimentação em comum, crescem populacionalmente conforme espaço no minhocario e quantidade de alimentos disponíveis dentro da caixa em que se encontram.

Missão e propósito, nem sempre tem em haver com o que propõem indiscriminadamente numa criação fantasiosa de mundo, onde tudo é possível,

menos, suportarmos a realidade com mais amorosidade, bem como os que nos cercam,

os momentos simples e ordinários, em que o pão nosso de cada dia, as prosas, os sorrisos, a barriga cheia,

a consciência tranquila, a paz externa e interna restaurada, um teto para morar, vistas para as estrelas,

mergulhos de mar, ou rios, ou lagos, em si, de uma forma honesta e transparente.

Tem propósito e missão, que são gaiolas, que são cercadinhos e podam asas, e surrupiam a lã, a carne,

e consomem a vida, numa busca em que a nada leva, a não ser a perdição de si, da própria essência/espírito, do belo, das energias vitais de cada ser.

São mestres em propagar mentiras, em colocar uns contra os outros, em discriminar, em julgar, em separar o que, a seus critérios distorcidos, baseados na própria confusão e adoecimento em que se encontram,

arrotam como o certo, como verdades absolutas(obsoletas) mesmo que, o tiro saia pela culatra,

infelizmente, depois que muitos venham a se perder!

Tratam seres humanos separando-os como valorosos feito diamantes, e de menos valor feito cascalho,

visto que, não passam todos de pedrinhas semelhantes,

que na falta de uma, uma praia é menos praia, uma montanha é menos montanha, uma casa é menos casa, e a humanidade, é menos humana, menos espiritualizada, menos humanidade e humanizada.

Evolução, progresso, prosperidade, riquezas, possibilidades e possibilidades, infinitas possibilidades,

e sobem em seus pedestais, palanques, púlpitos, palcos, em números de seguidores,

ditam promessas feito politiqueiros em tempos de eleição, prometendo sonhos, criando ilusões e esperanças de um dia, também estarem lá,

em posições de destaque e valorização, a explorar, como tem sido explorados, e de quem é a culpa ou responsabilidade, dizem, é sua.

São mais de oito bilhões de pessoas, e a cada tempo, mais crescente os excessos,

o clima de ostentação, de poder, de status, de vitrines bonitinhas pra vender propósitos e missões, buscando assim manterem esta pirâmide numa busca incessante de alcançar, sei lá, o céu?

Lúcifer são estes todos, todas, todes, que não conseguem arregimentar seu narcisismo interior,

querendo o mundo um espelho à sua imagem e semelhança, aos seus pés e caprichos, e a isso dão nome aos bois, lançam cursos, vendem caro, a preço de ouro, suas histórias de sucesso, e seguem, sem trégua,

separando o que consideram joio, do trigo, galinhas, de águas, pedrinhas de cascalho, de diamantes, árvores pequenas, cultivadas em vasos, bonsais, de árvores silvestres,

como se humanos não fossem feitos à semelhança do que dizem ser o Criador, e se assim o é, porque tanta diferença, indiferença, maldade, ódio, sobrevida, violência, preconceito, discriminação e morte no mundo?

Missão e propósito, dizem, e outros seguem sem questionar, pois como pode a ovelha dizer ao Pastor sobre suas verdades internas, sobre suas reais necessidades,

sobre as emoções, pensamentos, sentimentos, experienciações que lhe são pessoais e intransferíveis, subjetivas, únicas?

Mesmo ovelhas, mesmo cascalho, mesmo galinhas, mesmo joio, mesmo seja lá o que for, não somos semelhantes?

Em se falando de um mundo de dualidades, o que nos diferenciaria?

Privilégios, não privilégios, entrar no jogo, não jogar, jogar, meritocracia?

Mas existe uma medida justa para indicar com precisão quem tem se dado mais, quem tem se dado menos?

Missão e propósito, se colocar ou descer do pedestal?

Sei lá, só sei que entendo que, ou se salvam todos, ou todos se perderão.

Dizem que falhei, que desisti, mas o que dizer de uma busca por realização de missão e propósito que quanto mais se entrega, se corre, compete, se destaca, se torna reconhecido, se perde?

Não, eu não estava seguindo os propósitos e missão de minha alma...

seguia feito rato de laboratório adestrado, na louca corrida dos ratos,

adoeci, me esquivei, entrei em contradição, divergi, transgredi, me desprendi,

parece que me libertei, embora sinta o efeito das grades que permanecem presentes, mesmo em não sendo físicas...

é um sair da gaiola, e não sair, é um caminhar e seguir em frente e por vezes não sair do lugar,

é muita coisa deixada para trás, é muita gente que se foi, é vazio, é solidão, é solitude, é saudade,

é um novo mundo que se abriu, e há momentos que me torno meio estátua de sal, feito Ló, querendo voltar atrás,

e ainda não descobri como seguir em frente, é estranho como podemos conhecer tanto lá fora, crescer, prosperar, conquistar, estar em destaque, em pódio no primeiro lugar, ter seu próprio pedestal para ostentar, status, um nome, e não ser, não estar, e talvez não vir a ser.

Liberdade é se perder em tudo, e inclusive em si, de si, é buscar como caminhar a partir das energias que emanam de dentro, num propósito e missão,

num respeito a si, em si, mútuo, individual e coletivo, o que passa disto, é efeito manada, sobrevida e morte.

Por Adalmir Oliveira Campos

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