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terça-feira, 20 de junho de 2023

Fragmentos, construção de mim...

 


Tenho dois lados que se alternam, que se mostram, em que me revelo.

Quem tem olhos para ver, me veem!

Há os que os tem, e são poucos, outros me veem louco, sem jeito, nerd, sei lá.

Sim, é como se fosse mais de um, em um, um bipolar, talvez!

Diagnósticos, dizem que é possível!

Por vezes um, em uma parte do ano, outras vezes, outro, na outra parte do ano.

Quase que dividido em estações...

Acontece também, de se mostrarem em um mesmo dia, eufórico ou deprimido, alegre e triste, vazio, preenchido.

São três em um, talvez mais, e um deles sou eu mesmo, um meio termo, um meio lá, meio cá, 

(Há quem diz que são obsessores, talvez seja)

que por vezes noto, vejo, sinto, toco, aproximo e me distancio.

A medicação chama a meio termo, a sair de polaridades, a me perceber?

Misto de sensações, há momentos em que me vejo no espelho, noutras oras, disfarces de como o mundo espera, 

temperado a goles de cerveja, uma felicidade, talvez inventada.

Tem quem gosta, tem que odeia, tem quem tolera, tem quem respeita, tem quem se afasta, 

tem quem se aproxima, tem quem chega, e tem quem vai embora, 

e eu continuo tentando lidar com nós três, pois se há um lugar, em que posso controlar alguma coisa, 

é dentro de mim, em mim, os outros, são os outros, cabem a eles se controlarem.

Já me bastam as minhas distorções da realidade, a minha dissonância cognitiva, os pensamentos acelerados, 

as emoções oras desreguladas, por vezes, sem motivo específico.

Os bons, dizem, permanecem!

Cresci, um vulcão em erupção, implodindo, contendo, me machucando dentro, pra não machucar fora, 

e olha que tive vontade, e ás vezes dá, 

tem gente que não sabe dos próprios limites,

e ainda testam os da gente, e quem aguenta ser testado o tempo todo?

Uma ora explode, não é verdade? 

E tem gente que teima em apertar o botãozinho vermelho, o qual falamos que não pode mecher, ou apertar, 

eu dou limites, eu tenho limites, e há momentos que nem dou, 

por sabe-se lá o que: carência, medo de ficar sozinho, de ser abandonado, 

tem outro nome que se usa, que se aborda, que se comenta muito hoje em dia, a “dependente emocional”, 

e quantos não somos, e não tratados, nos sufocamos uns aos outros?

A gente costuma pensar que a culpa é da gente por ser assim, pode o ser, em parte,

mas troquemos culpa por responsabilidade, e há quem tira o seu da reta.

Interdependência parece conversa pra boi dormir, cada um tem querido o seu e pronto,

como que, vivessem em bolhas, cada um na sua, e há quem se cura, (transtornos não!)

quando entende, que independe dos outros virem, e pedirem perdão ou desculpas, 

a ferida é no lombo, é nossa, os traumas também, se não se responsabilizam, se não reconhecem, nos perderemos por isso?

Bom seria, se cada um reconhecesse e fizesse sua parte, 

mas dizem que não, fizeram tudo o que podiam à época, e não estão de todo errados, 

pois o que se pode fazer quando a carapuça serve, e se veem reproduzindo do que aprenderam/receberam?

A árvore genealógica cresceu torta, ou a puseram-na, a crescer assim?

Meio louco esse tal metamorfosear, é se sentir lagarta a vida toda, e talvez, 

e em um parte da existência, se descobrir borboleta, ou passarinho, ou cisne...

Por Adalmir Oliveira Campos

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