Há alguns dias atrás, eu assistia a um vídeo, de como fazer vinhos em casa,
e achei super interessante a forma pela qual é tão "simples" fazê-lo,
o que requer, além do querer, uvas de qualidade, uma boa atenção, paciência e cuidado no processo, quase que, um cativar.
Fazer vinho da água, até hoje, só Jesus!
Não me recordo, de mente, com exatidão, a receita do vinho caseiro,
mas hoje, enquanto saboreava um cacho de uvas, me veio um sabor adocicado, suave e ao mesmo tempo, um pouco mais intenso,
é que estavam um pouco murchas, embora, não passadas,
que me trouxe à lembrança, o sabor do vinho, e me lembrei do tal vídeo mencionado anteriormente.
Coincidência ou não, a situação e a lembrança do vídeo, me convidaram à reflexão,
sobre o ponto certo das coisas, os caminhos do meio, evitar os excessos, ou ainda as polaridades, o oito ou oitenta,
pois caso saia do ponto, as coisas desandam e se transformam em outras coisas que fogem ao objetivo, às expectativas,
ou ao querer inicial.
Para se fazer o vinho, as uvas devem ser amassadas com as mãos,
na antiguidade, em grande quantidade, eram amassadas com os pés, espero que lavados (risos),
hoje, utilizam-se de maquinários que em boa parte, substituem o serviço braçal, humano.
Depois de amassadas, devem descansar por alguns dias, em recipientes apropriados, deixarem-se fermentar,
pois, é desta fermentação que se chegará ao vinho.
Dizem que, este processo precisa acontecer em um ambiente fresco, longe da luz solar, e de altas temperaturas,
sendo o ideal, caso contrário, pesa-se na qualidade do vinho, ou do não vinho.
Os entendedores da produção de vinho, podem nos falar com mais precisão a respeito,
mas para nossa reflexão, o pouco que aprendi já é o bastante!
Diz-se que depois de alguns dias, chega-se ao ponto ideal, o qual deve ser visto com a devida cautela,
pois se passa um pouco mais, ao invés do vinho, têm-se o vinagre,
e para quem quer produzir vinhos, é algo que deve ser evitado,
depois disto, o mesmo é coado e engarrafado e volta aos descanso por mais algum tempo, para somente depois ser consumido.
Tudo o que é demais passa, e se transforma em outras coisas que fogem ao esperado,
fica a reflexão, pois se passa, pode ser qualquer coisa, menos o que é,
ou tem sido na realidade.
E nosso objetivo enquanto seres espirituais encarnados, não é viver nas nuvens.
A vida pede doses diárias de realidade!
Até a uva passa, passa, não é verdade?
Precisamos nos ater aos detalhes, aos pormenores,
não com o intuito de se ter o controle a cerca de tudo, isso é impossível, mas para não fugirmos a esta mesma realidade,
que, por vezes, mesmo ácida, nos tempos de espera, se fermenta em futuros presentes, aos quais chegaremos,
sendo o esperado ou não, de acordo com nosso pensar, nosso sentir, nosso agir e reagir no mundo, e entre/com nossos semelhantes.
Mas se com as experiências de vida, seguirmos mais atentos, como que "amadurecidos",
produziremos bons vinhos de vida e abundância, ou caso oposto, bons vinagres, ou vinagres inferiores.
E quantos por aí, estão tentando fazer vinho, e passando dos limites, do ponto, do tempo,
e não tem produzido vinagres?
Perde-se a suavidade, perde-se o doce da fruta, perde-se a harmonia do que antes, pretendia-se vir a ser vinho,
e têm-se a acidez do vinagre, o qual, serve para tantas outras coisas,
menos para beber como vinho, junto a um bom prato que o harmonize.
E por vezes, em sobrevida, vamos aprendendo a fazer vinhos com nossas experiências de vida,
com nossas vivências, e a resultante que buscamos, é felicidade, é saúde, é prosperidade, são boas relações, liberdade, um vida que fuja a estas mesmas sobrevidas.
Um vinho de qualidade e boa procedência.
E enfrentamos as questões externas, políticas, geopolíticas, religiosas, de crenças, de culturas, etc.,
coisas que fogem ao controle, numa busca de harmonização com o que se pode controlar,
e em meio a tanta agitação e sobrevida, por vezes, esmagamos uvas esperando vinho, e colhemos vinagre e viver áspero,
e continuamos em sobrevida, neste quase eterno sair do lugar.
Embora, se saiba, que para se ter bons vinhos, exige-se também muita prática, muito fazer, muito bem fazer,
e bons vinhos, necessitam de boas uvas, de pessoas capacitadas, de pessoas experientes,
e como chegar a este nível, se não vivendo?
Nem é sobre erros, ou acertos, é como se vai seguir após cada um deles, na busca de melhores produções a partir de si mesmos.
Por Adalmir Oliveira Campos
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