A gente pensa que não tem mais nada para aprender, mas a cada dia, sempre acontece de aprendermos algo novo,
mesmo que pequeno, e que parece ser insignificante.
Não somos os mesmos ao acordar, muito menos os mesmos aos adormecer,
pode ter certeza, embora as rotinas do dia a dia pareçam querer-nos convencer do contrário.
Já não foi dito, que até o relógio parado, esta certo, ao menos duas vezes em um dia?
Sofremos estas metamorfoses o tempo todo, ora, expandimos para fora, ora expandimos para dentro,
sendo que, para dentro e para nós, um retorno à nós mesmos, deveria ser nosso principal foco, objetivo e meta,
pois precisamos conhecer nossa inteireza e nos darmos bem com ela,
e somente assim, nos daremos bem com Deus, o Universo, o planeta que ora habitamos e com nossos semelhantes.
Somos capazes de reconhecer os outros e a Deus à medida que nos tornamos capazes de nos reconhecermos, a nós mesmos, descolados destes,
e assim, passamos a nos dar bem com Deus e com nossos semelhantes, quando passamos a nos dar bem conosco mesmo.
Estranho não? A gente, volta e meia, se busca no outro sem saber, e ao socializar, experienciar e vivenciar com o outro, se não nos conhecemos, a nós mesmos, a busca de nós mesmos,
continua neste outro, ele age como um espelho, nos lembrando de nós mesmos, e somente quando nos conhecemos de verdade,
é que somos capazes de enxergarmos os outros como eles verdadeiramente são,
e a nós, como verdadeiramente somos,
sem nos confundirmos com nossos reflexos neles,
pois não mais nos veremos lá, é que, saberemos quem é um, e quem é o outro,
numa aceitação amorosa e respeitosa de ambos.
Além da tarefa de autoconhecimento, outra de difícil acesso,
é a da auto aceitação, auto respeito, auto piedade, auto misericórdia, auto compaixão, auto perdão,
auto acolhimento, auto validação, auto amor, auto cuidado, e assim por diante.
Nós aprendemos a nos odiar, a nos depreciar, a nos auto observar negativamente,
a nos auto julgar, a nos auto condenar, a nos auto punir, a nos auto sabotar, a nos auto desrespeitar, a nos auto odiar, etc.,
desde a mais tenra idade,
e crescemos com estas crenças de que somos pecadores, insignificantes, ruins, não merecedores, indignos, impuros...
E como construir céus, e ou ir para o céu com tais crenças?
Como construir uma vida próspera e abundante com tais crenças?
Como sair da alienação e dissonância cognitiva, nos acreditamos assim,
miseráveis, inadequados e não merecedores do melhor?
Hoje, ouvi uma palavra bem bonita pela manhã,
“que devemos parar de buscar a Deus como mendigos, e passarmos a buscar o Mesmo, como filhos e filhas, feitos à imagem e semelhança Deste,
como herdeiros e não escravos, ou coisa, ou objeto, pois se assim o somos.
Justifica a forma como nos temos tratado, e aos nossos semelhantes?
Muito me pergunto, se o assunto dos textos que escrevo, não são repetitivos,
mas me lembro que nossa mente, por vezes o é,
e principalmente com foco no negativo, e devemos ser repetitivos também,
nos alertando sobre o que temos de melhor, e o que podemos alcançar de melhor,
então me recordo de que devemos tomar o controle do que ocorre em nós mesmos,
de nossa mente, de nossos pensamentos, de nossas emoções, de nosso agir, reagir, de nosso corpo, de nossa inteireza,
embora, saiba, que não é fácil como escrever ou falar, mais a cada novo passinho, por vez,
vai se tornando possível, e podemos pedir ajuda para isso, e tecermos uma rede de apoio,
que pode contar com médico psiquiatra, psicólogo, familiares, amigos, etc.,
que estejam preparados para nos auxiliar a enxergarmos os nossos lados bons, nossos lados luz,
bem como, os nossos lados não tão bons, nossos lados trevas,
e assim, com este apoio, buscarmos desenvolver o nosso melhor para nós mesmos, e para com nossos semelhantes.
Aprender, é diário, e crescemos para cima e para baixo, para dentro, e para fora, assim como as árvores, os bambuzais, etc.,
sempre com possibilidades de aumento de potenciais, de recursos, que propiciem um metamorfosear menos sofrido e com menos dor,
principalmente a de ruídos e atritos, os quais partem de nós, e vai de encontro aos nossos semelhantes, e destes, ao nosso encontro e vice versa.
À medida em que vamos nos tornando céus, vamos vivendo céus,
construindo céus, experienciando céus, compartilhando céus, sendo o próprio céu em si, e com os outros, e uns com os outros.
E você, o que pensa a respeito?
Por Adalmir Oliveira Campos
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